Estudo revela que competitividade será desigual na indústria naval

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A aposta brasileira deve ser em embarcações de apoio "offshore"

Intressante e bom para ser refletido, o estudo doInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( Ipea) que mede a capacidade da indústria naval e ‘offshore’ brasileira nos próximos anos. A pesquisa revela algo preocupante: a competitividade será desigual.

Segundo o coordenador de infraestrutura econômica do Ipea, Carlos Alvares da Silva Campos Neto, o Brasil não será competitivo na construção de todos os tipos de embarcações. Para ele, provavelmente a indústria naval não será competitiva internacionalmente em todos os segmentos de produtos.

O professor explica que o Brasil não consegue competir na construção de petroleiros em países como China e Coreia do Sul por causa do custo. Campos avalia que os entraves durante os projetos são menores nos países asiáticos na comparação com o Brasil. Ele acredita que a aposta brasileira deve ser em embarcações de apoio marítimo e offshore. Campos acrescenta:

“É um mercado extremamente importante e a indústria brasileira está sabendo ocupar este espaço. As embarcações de apoio foram o caminho por onde começou a retomada de 2001 para cá.Essas embarcações possuem muita tecnologia embarcada  e a política de conteúdo local é importante para essa retomada do setor. Temos que priorizar a indústria nacional”.

No trabalho, o Ipea analisa três programas da Petrobras em suas diversas etapas: o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), o Programa de Renovação e Ampliação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam) e o Petrobras EBN.