Praticagem do Brasil

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Junho de 1972. Há 50 anos, O Globo destacava em suas páginas a importância do trabalho da praticagem na condução dos navios. A reportagem acompanhou a movimentação do antigo petroleiro “Cassarongongo” de um terminal da Petrobras, próximo à Ilha do Governador, até um fundeadouro na altura da Ilha Fiscal.

A embarcação da extinta Frota Nacional de Petroleiros (Fronape), hoje Transpetro, tinha 134,30 metros de comprimento e 19,40 metros de boca. Carregava 10 mil toneladas de óleo, com 7,34 metros de calado. Dois rebocadores auxiliaram na sua desatracação. O prático da manobra foi Luís Eduardo de Almeida Gomes, já falecido. Ele conduziu o navio em meio à chuva forte e cerração na Baía de Guanabara, passando pelos pilares da Ponte Rio-Niterói em construção. Uma das boias de sinalização da obra estava apagada.
Na época, outra preocupação dos práticos eram as barcas que faziam as travessias Rio-Niterói e Rio-Paquetá, cruzando a proa dos navios sem levar em conta o tempo que levam para parar ou desviar. Além disso, havia o risco de quedas de balões sobre os petroleiros.
A manobra do “Cassarongongo” foi concluída às 18h30. Construída em 1967, a embarcação foi vendida em 1991 e renomeada como “River Jhelum”, virando sucata na Índia, em 2002; de acordo com o site navioseportos.com.br
Foto do navio: @naviosmercantesbrasileiros no Facebook