Transporte por trem ajuda no crescimento do Porto do Itaqui

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Nos primeiros quatro meses deste ano o Tegram embarcou 1,7 milhão de toneladas de grãos pelo Itaqui, um aumento de 22% se comparado ao mesmo período do ano passado. Desse total, 67% da carga movimentada foi recebida pelo modal ferroviário (composições ferroviárias de 80 vagões).

No primeiro quadrimestre deste ano, o Porto do Itaqui exportou mais de 2,5 milhões de toneladas de grãos na somatória dos embarques da VLI (839 mil toneladas) e do Tegram (1,7 milhão de toneladas). Desse total, cerca de 80% foram recebidas pela ferrovia. A VLI recebe pela via férrea a totalidade da carga de grãos que opera no Itaqui e o Tegram saltou de 46% no ano passado para 67% nos primeiros quatro meses de 2019, com expectativa de chegar aos 80% quando concluída a segunda fase.

Atualmente o modal ferroviário responde por 55% da movimentação total de cargas no porto público do Maranhão e essa faixa vem crescendo a cada ano, principalmente nas operações de granéis sólidos e líquidos. Além dos grãos operados pela VLI, todas as operações de cobre e celulose utilizam a ferrovia, bem como parte da distribuição de combustíveis.

Diversas expansões e novos negócios para desenvolvimento do Maranhão a partir do Porto do Itaqui precisarão de integração ferroviária. “Por isso estamos estudando a implementação de peras ferroviárias para aumentar a produtividade e a capacidade de atendimento aos clientes atuais e futuros que necessitam de interligação com o Itaqui”, afirma o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago.

Fertilizantes

Em 2020 deve ficar pronto o novo terminal de fertilizantes que está sendo construído pela COPI no Porto do Itaqui. Em 2018 foram movimentadas 1,9 milhão de toneladas (recorde histórico) e a expectativa é seguir crescendo. Com a nova estrutura a expectativa é de que o volume movimentado chegue a 3,5 milhões de toneladas.

“Para atingir essa marca temos de entrar na nova fronteira, chegando ao norte do Tocantins, nordeste do Mato Grosso e sudeste do Pará”, explica o presidente da COPI, Carlos Roberto Frisoli. “Saindo de trem do Itaqui até Pameirante (TO) levamos três dias e depois aproveitamos os caminhões que chegam para descarregar soja. Assim reduzimos o frete marítimo, percorremos distâncias menores de caminhão e o produtor tem um custo final menor”, resume.

Essa logística permite que indústrias de fertilizante se instalem ao longo da ferrovia, o que deve proporcionar mais agilidade e uma oferta maior de produtos. “Desenvolvemos uma parceria com a VLI para alcançar a região central do Brasil a partir do Porto do Itaqui e o sucesso dessa empreitada depende também do trabalho conjunto com a EMAP. Acredito que podemos inverter a logística de fertilizante do país pelo Porto do Itaqui”, diz.

Fonte: Folha Nobre