Porto de Santos já registra perdas de US$ 100 milhões com greve

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Apenas 20% das cargas de exportação normalmente movimentadas estão sendo embarcadas pelo cais santista.

A greve dos caminhoneiros, que já ultrapassa uma semana, inviabilizou as exportações pelo Porto de Santos e causa prejuízos de US$ 100 milhões, o equivalente a R$ 375 milhões, ao setor de navegação, segundo levantamento do Sindicato da Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar). Um navio graneleiro aguarda atracado, há cinco dias, a chegada da carga para completar o carregamento rumo ao exterior e vários outros estão fundeados esperando mercadorias.

O problema também é enfrentado nos terminais de contêineres, que priorizam operações de importação por conta da falta de caixas metálicas destinadas ao mercado internacional. A situação ainda se agrava diante de paralisações de outras quatro categorias no cais santista.

Em greve desde a segunda-feira da semana passada (21), os caminhoneiros autônomos que atuam no Porto não pretendem voltar ao trabalho, mesmo com as propostas do Governo Federal, divulgadas no último domingo (27). Nesta segunda-feira (28), eles mantiveram os protestos nos acessos rodoviários às duas margens do complexo marítimo.

Segundo o diretor-executivo do Sindamar, José Roque, apenas 20% das cargas de exportação normalmente movimentadas estão sendo embarcadas pelo cais santista. Tratam-se de mercadorias em trânsito ou já depositadas nos terminais.

Houve, ainda, um navio que deixou o Porto de Santos com 80% de sua capacidade de transporte ociosa. Além disso, alguns cargueiros já estão com estoques de água potável, medicamentos e alimentos seriamente comprometidos.

“Estimamos que umas 250 mil toneladas deixaram de embarcar, até sexta-feira, o que equivale, aproximadamente, à 17.860 contêineres, sendo que o maior destino é a Europa e o restante Estados Unidos, Caribe e Ásia”, explicou o executivo.

Fonte: A Tribuna