Assembleia de credores da Ecovix será dia 26 de junho

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A Petrobras afirmou que não tem interesse na obra dos cascos da P-71 e P-72, que estão quase prontos. A ideia da Ecovix é implantar no lugar do estaleiro um terminal, que opere desde movimentação de cargas até reparos em plataformas petrolíferas e embarcações.

A Assembleia Geral de Credores (AGC) do Grupo Ecovix terá continuidade no dia 26 de junho, às 14h, em Rio Grande, no auditório do Hotel Villa Moura Executivo. A data foi definida pelo administrador judicial e liberada pela 2ª Vara Cível do município. Marcada originalmente para ocorrer no dia 15 de março, foi suspensa um dia antes, por meio de liminar, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), em Porto Alegre. No fim de abril, a 6ª Câmara Cível do TJ-RS autorizou, por unanimidade, a retomada da assembleia.

O processo de recuperação do Grupo Ecovix começou em dezembro de 2016. É o quarto maior do país em valores, envolvendo cerca de R$ 7 bilhões. Na assembleia do dia 26 de junho, os credores irão avaliar o plano de recuperação. Além de reestruturar a dívida, a empresa pretende preservar ativos avaliados em US$ 1 bilhão em Rio Grande – entre os quais, o dique seco, o maior do Hemisfério Sul. Sem operar, como se encontram atualmente, as estruturas estão se deteriorando.

Os investimentos no estaleiro começaram em 2010, quando a empresa venceu concorrência da Petrobras para a montagem de plataformas de petróleo, principalmente para o pré-sal. Cinco unidades foram entregues. No auge da produção, cerca de 10 mil pessoas chegaram a trabalhar nos dois estaleiros. Hoje os 60 funcionários estão no setor administrativo e em atividades de manutenção das estruturas. Uma empresa terceirizada corta blocos que seriam transformados na P-72.

A potencialidade da operação em Rio Grande vai além da construção de plataformas. A partir de estudo realizado por consultoria do setor, a empresa analisa a possibilidade de utilizar o porto para a movimentação de cargas, reparos em plataformas e embarcações, processamento de aço para a indústria metalmecânica e ainda a finalização da P-71, que está com 30% da estrutura montada.