Cearense que monta ossadas animais tem uma das profissões mais raras do mundo

0
810
IMPRIMIR
Biólogo Antônio Carlos Amâncio é especialista em reconstituir esqueletos de mamíferos marinhos para estudos e admiração.

A cada ano cerca de 80 baleias jubartes encalham nas areias do litoral do Nordeste. Parte desses animais se tornam o material do trabalho de Antônio Carlos Amâncio, que desenvolve uma das profissões mais raras do planeta: a osteomontagem, a montagem de ossos que dá forma a animais.

Muitas baleias não resistem à grande travessia na migração anual que pode chegar a 20 mil quilômetros de ida e volta, do local de alimentação – perto da Antártida – até as águas quentes do litoral nordestino, em uma viagem para o acasalamento. O mesmo ocorre com os peixes-bois marinhos que são capturados pelos humanos. Apesar de estarem ameaçados de extinção, são presas fáceis, pois se enroscam nas redes de pesca.

Quando encontrados com vida, são levados para a organização não governamental Aquasis, em Iparana, na Grande Fortaleza, onde são cuidados e em seguida são devolvidos ao mar. Os que não resistem, são estudados e, em um segundo momento, têm o esqueleto montado para exposições e estudos.

Esse trabalho de montagem é feito pelo biólogo cearense Antônio Carlos Amâncio. “Fui convidado para fazer um minicurso de montagem de um pequeno golfinho aqui no Aquasis e comecei a ver que tinha uma habilidade diferenciada para trabalhar com essa questão da osteologia, da osteomontagem”, conta.

Fonte: G1

Baleia Jubarte em exposição no Aquasis foi montada por Amâncio (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

 

O esqueleto é montado pela por peça, cuidadosamente, para se encaixar à estrutura original do animal (Foto: TV Verdes Mares/Divulgação)