Submarino argentino ARA San Juan desaparece e Marinha faz buscas

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A embarcação, que transportava 44 tripulantes da Base Naval de Ushuaia para a base Naval de Mar del Plata, está sem comunicação desde quarta-feira, dia 15; Forças Armadas afirmam que “nada de grave aconteceu”(Argentina Navy via AP )

Um submarino argentino está desaparecido desde quarta-feira, e as Forças Armadas argentinas não conseguem fazer contato com a embarcação. O submarino ARA San Juan se perdeu em algum ponto do mar Argentino, na altura do golfo de San Jorge, quando ia da Base Naval Ushuaia, no sul do país, ao seu atracadouro habitual, na Base Naval de Mar del Plata.

“A última informação oficial é que houve contato na quarta-feira, dia 15, e desde então não houve mais contatos dos tripulantes”, afirmou o capitão Enrique Balbi, chefe de comunicações da Marinha argentina, ao jornal La Nación. “No momento, ainda não conseguimos ter contato visual ou por radar com o submarino San Juan.”

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Não há nenhum indício de que algo grave tenha acontecido, apenas perdemos o contato, o que pode ser uma perda temporária das comunicações”, disse Balbi. Segundo o porta-voz, o submarino levava um estoque de comida suficiente para vários dias de viagem, e é possível que ele termine o trajeto mesmo sem conseguir fazer comunicação com a terra firme. ”

A busca pelo submarino se intensificou desde ontem. Ao menos duas aeronaves e três embarcações vasculham uma área de 300 quilômetros por sinais do submarino. As Forças Armadas acreditam que ele esteja a 430 quilômetros do ponto mais próximo da costa a sudeste da península de Valdés, na província de Chubut. De acordo com o protocolo, caso esteja apenas sem comunicação, o submarino deve sair a superfície para favorecer o contato visual.

Os governos dos Estados Unidos, do Reino Unido e do Chile ofereceram oficialmente ajuda para o governo argentino localizar o submarino San Juan. Os três países ofereceram ajuda com barcos e satélites.

O almirante Gabriel González, chefe da base naval de Mar del Plata, disse que várias famílias de tripulantes estão no local esperando notícias. “Estamos com uma perda de comunicações, e não um estado de emergência”, disse ele. González também disse que o incidente não é inédito.