Antaq projeta novo recorde de cargas em 2016

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Operação de contêineres registrou queda de 1,13% no ano passado, segundo levantamento da Antaq

O recorde de movimentações portuárias registrado em 2015 deverá ser batido novamente neste ano, informou o diretor- geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mário Povia. A expectativa dele e de outros diretores da agência foi manifestada na quinta-feira (18), em meio a um balanço sobre os números apresentados pelo setor.

De acordo com a Antaq, em 2015 os portos brasileiros movimentaram 1.007.542.986 bilhão de toneladas. O número é % maior do que o registrado em 2014. “Com isso, a participação brasileira na movimentação marítima internacional (que em 2015 chegou a 20 bilhões de toneladas) ficou em 3,8%”, disse o diretor-geral.

Segundo Povia, a ligeira diferença entre os números apresentados pela Antaq e os apresentados pela Secretaria de Portos se deve à variação que é registrada semanalmente pelas bases de dados usadas pelos dois órgãos.

“Nossa expectativa é que, em 2016, o recorde seja novamente batido. Estou bastante convicto disso”, disse Mario Povia. Segundo ele, “um conjunto de fatores extraportos” deve contribuir para o novo recorde. “Estamos dotando o País de estruturação. Nossa expectativa é que a melhoria no modus operandi das ferrovias também contribua para isso”.

Para o diretor, esse crescimento de 4% nas movimentações portuárias, obtido em meio a um Produto Interno Bruto recuado, se deve “em primeiro lugar”, ao fato de, agora, o País dispor “de uma infraestrutura que melhor responde às demandas”. Em segundo lugar, Povia aponta “o favorecimento cambial para exportação de commodities”; e em terceiro lugar, a safra brasileira, que ano a ano vem apresentando resultados bem positivos.

“O mercado de commodities agrícolas certamente continuará forte, com previsão de chuvas e de maior produtividade. A expectativa é de uma boa movimentação de granéis e vegetais. A de celulose também está indo muito bem, a exemplo dos minérios. Os (produtos) siderúrgicos terão incremento e o agronegócio, com a entrada de fertilizantes, deverá ficar mais forte. Já os contêineres dependerão da economia, que a meu ver deverá ser menos ruim do que em 2015”, argumentou o diretor.