Governo modela concessões em seis hidrovias e vê potencial para expandir modal a 60 mil km

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Hidrovias são prioridades para gestão do governo federal Foto: reprodução/Confederação Nacional do Transporte

De olho no potencial de hidrovias no Brasil, o governo federal vem modelando a concessão do modal em um inédito Plano Geral de Outorgas (PGO).Seis trechos são prioridades: Barra Norte, no Amazonas, Tocantins, Tapajós, Madeira, Paraguai e Lagoa Mirim (Brasil-Uruguai).

Segundo estudos do PGO, o Brasil utiliza cerca de 19 mil km de sua vias hídricas economicamente, sendo que poderia alcançar cerca de 60 mil km.

“Se pensar em potencial, não estamos explorando sequer 30%”, disse à CNN o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery.O Ministério de Portos e Aeroportos trabalha junto à Antaq pela iniciativa, que estabelece as prioridades para estudos que vão embasar futuras parceiras público-privadas.

A ideia é de que os leilões de Barra Norte, Madeira, Lagoa Mirim e Paraguai aconteçam até o primeiro trimestre de 2025 na B3, em São Paulo.

Nery dá destaque à hidrovia Brasil-Uruguai, que embora não tenha infraestrutura desenvolvida — e com isso não movimente carga —, se mostra relevante para as relações bilaterais entre os países. Há um pacto entre os presidentes Lula e Lacalle Pou pelo avanço deste projeto.

A obra está inserida no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas depende de intervenções do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para que seu processo licitatório avance.

O diretor espera que a audiência para o Rio Madeira seja realizada já no primeiro semestre de 2024. Segundo Nery, essa é uma hidrovia “que para de pé”.

“O Madeira tem demanda suficiente para viabilizar tarifa ou pedágio que não baixe sua atratividade frente a uma rodovia, por exemplo”, diz.

Fonte: CNN BRASIL