>É preciso qualificar

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Hoje, sem dúvida alguma, o maior gargalo do setor naval é a mão de  obra. A revista Conexão Marítima já abordou esse tema em várias edições. Até 2014, cerca de 212 mil profissionais deverão ser qualificados em estados que não possuíam tradição naval, como o Rio Grande do Sul e Pernambuco. Em Suape, foi necessário importar a mão de obra do Japão, tamanho o gargalo neste setor. Em Rio Grande(RS), a falta de mão de obra qualificada, principalmente de soldadores, e a proposta de aproveitar trabalhadores do Município nas obras de construção de plataformas de petróleo, levaram a Quip S/A a montar uma escolinha de solda.
O projeto da escolinha começou a ser colocado em prática em setembro de 2010 e já qualificou soldadores em três ciclos. E tudo isso se justifica: o Brasil já é o quinto país, em um ranking, que possui mais encomendas para o setor naval, como plataformas e navios.
Na década de 70, o Brasil foi o segundo país mais importante na indústria naval mundial, com 40 mil empregos diretos gerados. A crise, na década de 80, fez esse número cair para 3 mil trabalhadores e quase falir o setor de navipeças brasileiro. Quarenta anos depois, é do fundo do oceano que está ressurgindo a oportunidade para milhares de brasileiros envolvidos na construção de embarcações.
Com a descoberta do pré-sal, a Petrobras vai investir pesado na exploração dessa riqueza submersa. Para isso, serão necessárias quase 200 embarcações, além de sondas e plataformas. E os desafios que vem por aí são imensos, grandiosos. Por conta das novas descobertas, a Petrobras vai encomendar prioritariamente à indústria nacional 230 embarcações até 2017.  A retomada da indústria naval é irreversível, bem como a sua qualificação.