O município do Rio Grande (RS), está situado às margens da Lagoa dos Patos, em uma região estuarina – ambiente de grande importância ecológica e econômica. A diversidade de ecossistemas costeiros nesta área, sustentam a vida animal e vegetal e, também, atividades ligadas ao porto, industriais, turismo, lazer, pesca e carcinicultura.
Esse ambiente apresenta alta diversidade e importância ecológica, e é estratégico para o desenvolvimento socioeconômico, uma vez que abriga a segunda maior estrutura portuária do país e uma intensa atividade pesqueira artesanal e industrial, além de seu grande potencial turístico.
Por aproximadamente uma década – entre 2006 e 2015 -, o Município recebeu uma série de recursos federais decorrentes do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que culminou com a instalação e declínio do Polo Naval.
Rio Grande compõem a Zona Costeira brasileira que ao longo do tempo sofre com a falta de planejamento urbano, e consequente expansão territorial e crescimento populacional desordenados. O município passou por intensos processos de fragmentação de ecossistemas, e sucessivos processos de urbanização desordenados e sem planejamento.
Importante ressaltar que as áreas urbanas na região costeira são foco de desenvolvimento, interesses conflitantes e preocupação quanto aos impactos das mudanças climáticas. O crescimento populacional, combinado com a ausência de políticas públicas, déficit habitacional e de empregos, infraestrutura básica precária, e incompreensão do impacto das mudanças climáticas, resultou em ocupações em áreas de risco e vulnerabilidade.
São inúmeros, diversos e complexos os desafios das áreas urbanas localizados na região costeira. E o ecossistema estuarino, segundo SEELIGER et. al. (2010), tem sofrido profundas e contínuas transformações ao longo do tempo. Por se caracterizar como um sistema transicional, passa por perturbações, tanto naturais, quanto antrópicas – exige a integração da pesquisa e monitoramento de variáveis em longo prazo, além do trabalho em conjunto e junto à comunidade para que pesquisadores, governos, órgãos ambientais e sociais possam compartilhar experiências visando a constituição de políticas públicas.
Nesse sentido, o objetivo desse curso de formação ambiental marinha é contextualizar esses ambientes e fornecer subsídios para uma maior compreensão dos aspectos ambientais, sociais, econômicos, culturais e históricos da região do estuário da lagoa dos Patos.
Esse curso se encaixa em diversos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS): ODS 04 – Educação de qualidade, ODS 08 – Trabalho decente e crescimento econômico, ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis, ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima, ODS 14 – Vida na água, ODS 17 – Parcerias e meios de implementação.
O curso é presencial, gratuito e possui certificado. As aulas serão ao longos dos meses de Maio e Junho de 2022, no período da tarde. Além disso, serão 3 turmas, separadas entre os diferentes públicos-alvo.
As vagas são limitadas, então corre para fazer a sua inscrição!
A KAOSA e o Museu Oceanográfico de Rio Grande contam com financiamento do Whitley Fund for Nature, Fundação Grupo Boticário, Yaqu Pacha e Portos RS para a realização do Projeto Construindo Pontes e deste curso de formação ambiental.