Acordo comercial deve prever sanções contra poluidores

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A pressão ambiental também ampliará o potencial de contenciosos, com tendências de imposição de mais padrões unilaterais, inclusive para retaliar concorrentes.

Os países deverão acelerar a redução das emissões de gases de efeito-estufa de suas produções para exportação, mesmo com os modestos compromissos assumido na Conferência do Clima, em Glasgow, a COP26. A pressão dos consumidores por produtos ambientalmente sustentáveis só tende a aumentar. E isso também deverá impulsionar futuros acordos comerciais com efetivas obrigações e sanções contra poluidores.

A nova configuração do comércio internacional significará custos mais elevados de produção e margem menor para as empresas. A pressão ambiental também ampliará o potencial de contenciosos, com tendências de imposição de mais padrões unilaterais, inclusive para retaliar concorrentes.

“A questão climática hoje está em grau superior das preocupações mundiais’’, diz Pedro de Camargo Neto, um dos maiores especialistas latinos no setor agrícola. “Vai nortear investimentos, subsídios, barreiras e, devido à fragilidade da Organização Mundial do Comércio (OMC), acordos poderão ocorrer sem regra multilateral, sem uma instância onde reclamar, caso existam excessos e incorreções”.

https://valor.globo.com/brasil/cop26/noticia/2021/11/24/acordo-comercial-deve-prever-sancoes-contra-poluidores.ghtml