Terminais privados do Porto de Santos precisam acessar 21 sistemas para transmitir informações

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Os terminais privados do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, atualmente, precisam acessar 21 sistemas diferentes para transmitir informações a respeito de embarque e desembarque de cargas, além de entrada e saída de embarcações. A explicação é de Fabiana Alencar, gerente de TI da Brasil Terminal Portuário (BTP), que participou do painel ‘PCS – Port Community Systems’, realizado durante a tarde desta terça-feira (1º) no Seminário Porto & Mar 2020, em Santos.

O seminário, realizado pelo Grupo Tribuna, debate assuntos como a desestatização do Porto de Santos, relação porto-cidade e inovação tecnológica no setor portuário.

Durante o painel, Alencar apontou que há desafios imensos para integrar sistemas, e que se discute muito sobre equipamentos e hardwares para simplificar esses mecanismos. “Operar um terminal portuário já não é uma tarefa simples, e é necessário muito mais empenho e engajamento para manter as atividades quando se tem fatores de arquitetura de sistemas que complicam nossas vidas”, conta.

A necessidade da implantação do Port Community Systems em Santos foi debatida no painel. O projeto é viabilizado pelo Prosperity Fund, fundo de investimento britânico para países em desenvolvimento. Os principais portos do mundo utilizam esse sistema. O objetivo é diminuir o tempo de importação e exportação de produtos, reduzindo em dois dias a importação e em um dia as exportações.

Marcelo D’antona, líder do projeto de modernização portuária do consórcio Palladium, explicou que a otimização desse processo poderá implicar, também, na economia de custos, pois há um imposto médio cobrado por tempo de passagem pelo Porto. Ainda segundo ele, o programa facilitará esse comércio, tanto na região quando em outros portos do país.

O presidente da International Port Community Systems Association (IPCSA), Hans Rook, reforçou a fala de D’antona, e afirmou que esse sistema é necessário ao Brasil. “É como um vendedor mostrando alguns dados, a gente precisa de ciência comum, qualidade de informação, precisamos de operações. Com ele, todos podem ler e entender todas as questões, porque elas podem ser compartilhadas. O PSC deve ser feito no Porto de Santos e no Brasil inteiro”, analisa.

Rook ressalta que o PCS trouxe vários benefícios ao mercado, principalmente nesse momento em que o mundo enfrenta a pandemia do novo coronavírus. “A Covid-19 está criando problemas no mercado, tornando tudo eletrônico. A pandemia intensificou a troca de dados, e o lockdown aumenta essa possibilidade, estar nos negócios dos clientes e fazer o trabalho de casa. Todas as informações sem ter contato biológico, os impactos da Covid-19 transformaram os métodos de trabalho”, finaliza.

Fonte: G1