Coronavírus: Praticagem de São Paulo adota ações de prevenção

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Praticagem de São Paulo distribuiu Proteção Individual como máscaras, luvas especiais e óculos para embarcar nos navios para as equipes que atuam a bordo dos navios / Fotos José Rodrigues – Assessoria

Para evitar a transmissão do coronavírus, o Porto de Santos, em São Paulo, adotou medidas preventivas sanitárias sob orientação Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a administração do porto, ainda não há casos suspeitos nos navios atracados. Os terminais portuários do complexo receberam instruções para veicular avisos sonoros sobre o vírus e intensificar a limpeza dos navios, além de reforçar o uso de equipamentos de proteção individual e manter as equipes em alerta nos postos médicos.

A Praticagem do Estado de São Paulo solicitou às agências marítimas e armadores informações sobre a existência de tripulantes de navios provenientes de regiões de risco com sintomas do coronavírus. “Além disso, adotamos ou medidas especiais para garantir a segurança pessoal de nossas equipes, como manter à disposição, na Ponte de Embarque, de Equipamentos de Proteção Individual como máscaras, luvas especiais e óculos para embarcar nos navios”, destacou o presidente da Praticagem paulista Carlos Alberto de Souza Filho.

Segundo Souza Filho, é importante observar que o tempo de incubação desse vírus é bem inferior à duração da viagem marítima Brasil-China. Assim sendo, se algum tripulante tiver sido infectado no dia da saída na China, provavelmente já chegará em Santos em estado grave. “Há, ainda, um potencial risco na troca de tripulantes de navios em Santos, considerando a possibilidade de marítimos infectados virem de avião sem que ainda apresentem sintomas”, concluiu.

O protocolo estabelece que o agente marítimo deve comunicar a autoridade portuária sobre navios que estejam vindo de regiões em epidemia publicamente noticiadas.No caso de Paranaguá, as autoridades portuárias puseram à prova o sistema de vigilância quando um chinês que havia chegado de avião em Curitiba, no final de janeiro, dirigiu-se ao porto para embarcar em um navio. Ele se apresentou durante a troca de tripulação. Durante a avaliação de rotina, a equipe da embarcação percebeu que o tripulante apresentava variação da temperatura corporal e informou o comandante do navio, que acionou a Anvisa e a autoridade portuária.

O Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, informou que seu plano de contingência para eventos ligados à saúde foi atualizado em novembro de 2019 e está sendo aplicado no caso do coronavírus. Os navios procedentes da China enviam seu itinerário dos últimos portos e a declaração marítima de saúde, assinada pelo comandante, 72 horas antes de entrar no porto.

As informações sobre o estado de saúde dos tripulantes e narrando qualquer sintoma ocorrido são repassadas às autoridades através de um sistema online. O porto ampliou os pontos para assepsia das mãos com álcool gel e avalia algumas alterações nos procedimentos para monitorar as tripulações que efetuem trocas no porto, rastreando os novos tripulantes, suas origens e estado de saúde.

A Companhia Docas do Rio de Janeiro informou que os portos do Rio e de Itaguaí estão atuando em consonância com a Anvisa, “no sentido de manter em alerta os nossos portos (Rio e Itaguaí) sobre medidas preventivas e procedimentos relacionados à movimentação de pessoas oriundas da China”.

 No Porto de Itaqui, em São Luís (MA), a empresa responsável pela administração fez testes simulados, com participação da Anvisa, Marinha do Brasil e autoridades locais, para detectar possíveis casos suspeitos, seguindo os protocolos da agência. Os testes incluíram a conferência dos dados constantes da declaração marítima de saúde.