Ministério da Infraestrutura avalia privatizar Porto de Santos

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O eventual processo de privatização de Santos seria concluído somente após a concessão da gestão do Porto de Vitória, que será um projeto-piloto

Uma futura privatização do Porto de Santos está nos planos do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Uma possibilidade é aplicar no cais santista a mesma diretriz a ser adotada no Porto de Vitória (ES). A informação é da deputada federal Rosana Valle (PSB), uma das representantes da região na Câmara Federal e que se reuniu com o titular da pasta na última segunda-feira.

De acordo com a parlamentar, o ministro descartou a estatização do Porto ou uma gestão compartilhada entre Estado, Município e União. Freitas citou o plano de “manter o governo gerenciando os portos de longe”, como acontece no setor aeroviário.

“Para ele, o caminho é a privatização no futuro. Mas ele pede que os trabalhadores fiquem tranquilos porque esta questão será discutida. Sem canetada”, afirmou a deputada federal.

Segundo Rosana, as discussões devem ser iniciadas logo após a nomeação do futuro presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Casemiro Tércio Carvalho. O executivo foi indicado para o cargo no mês passado, logo após a saída do ex-presidente Luiz Fernando Garcia. Porém, até agora, os trâmites burocráticos não foram concluídos para sua posse.

O motivo apontado para esta demora é o grande volume de nomeações no governo, o que normalmente acontece em um início de gestão na Presidência da República. Mas, a previsão de Freitas é de que Carvalho assuma em até duas semanas. “Assim que o Casemiro assumir, começa o diálogo com as lideranças, os sindicatos, os operadores. Outra coisa importante é que o ministro não pretende aceitar indicações políticas. A ideia é uma gestão técnica no Porto”, destacou a parlamentar.

O eventual processo de privatização de Santos seria concluído somente após a concessão da gestão do Porto de Vitória, que será um projeto-piloto. A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa, a Autoridade Portuária de Vitória) foi a primeira a ser incluída no Programa de Parceria de Investimentos (PPI) com esta finalidade. A proposta, que ainda divide opiniões, foi interrompida no ano passado, mas voltou à pauta do governo.