Falta de infraestrutura frustra empresas de cruzeiros marítimos

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Na temporada 2010-2011, os mares brasileiros chegaram a receber o recorde de 20 navios de passageiros, com 800 mil turistas

Nos últimos 20 anos, o mercado de cruzeiros marítimos cresceu de vento em popa. Embaladas pelas promessas públicas e privadas de investimentos em ampliação da infraestrutura turística para o setor, grandes empresas globais, como Costa Cruzeiros, MSC, Pullmantur, Royal Caribbean, entre outras, trouxeram ao país alguns de seus melhores navios.

Na temporada 2010-2011, os mares brasileiros chegaram a receber o recorde de 20 navios de passageiros, com 800 mil turistas. Mas as expectativas se frustraram. Sem os prometidos investimentos e com a chegada da crise, o mercado quase naufragou. No ano passado, apenas sete navios navegavam pelo litoral brasileiro. “Perdemos 13 navios e caímos para 358 mil cruzeiristas”, diz Marco Ferraz, presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil).

Mas parece que os ventos começaram a soprar a favor do Brasil novamente. Na última temporada de cruzeiros, de setembro de 2017 a abril de 2018, o setor faturou R$ 1,8 bilhão, segundo estudo da Clia Brasil em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). “O potencial dos cruzeiros no Brasil é imenso e os números mostram que estamos retomando um leve ritmo de crescimento”, afirma Ferraz. “Podemos crescer mais se tivermos melhorias na regulação do setor, infraestrutura, custos e desenvolvimento de novos destinos. Se estivéssemos com o mesmo número de crescimento da temporada 2010-2011, o impacto já poderia ter ultrapassado R$ 4 bilhões.”

Uma prova de que o setor está navegando em mares mais calmos neste ano é a aposta da italiana MSC. Na próxima temporada, a empresa trará para o país o recém-inaugurado MSC Seaview, o MSC Fantasia e o MSC Poesia. “A MSC Cruzeiros aposta fortemente no Brasil e em seu potencial”, afirma Adrian Ursilli, diretor-geral da empresa no país. “É um dos mercados estratégicos da empresa, onde mantém investimentos constantes e é líder com 62% de market share.”

Fonte: Diário de Pernambuco