Petrobras vende Complexo Petroquímico de Suape por R$1,5 bilhão depois de ter investido R$ 9 bilhões para construí-lo

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A transação faz parte do alinhamento ao Plano de Negócios e Gestão 2018-2022, que prevê a saída integral das participações em petroquímica.

A temporada é de venda na  Petrobrás.  Parece um Programa de Aceleração da Privatização. No início da noite desta segunda-feira (30) véspera de feriado do dia do Trabalho, a companhia informou que  finalizou a operação de venda de 100% das ações detidas na Companhia Petroquímica de Pernambuco (Petroquímica Suape) e na Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) para o Grupo Petrotemex  e a Dak Americas Exterior, subsidiárias da Alpek, do México.

A operação foi concluída com o recebimento pela Petrobrás de R$ 1,523 bilhão (US$ 435 milhões), após ajustes previstos no contrato de compra e venda e cumprimento de todas as condições precedentes, incluindo a reestruturação das dívidas de longo prazo das duas companhias e aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Para construir o complexo petroquímico  Petrobrás investiu R$ 9 Bilhões. Parece ser um bom negócio gastar 9 bilhões e receber 1,5 bilhão ? A transação faz parte do alinhamento ao Plano de Negócios e Gestão 2018-2022, que prevê  a saída integral das participações em petroquímica.

 Rodrigo Santos, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Tecelegame de Ipojuca, onde fica o complexo petroquímico, depois de tomar conhecimento da venda, disse que : “ O que está acontecendo é a entrega do patrimônio público. O preço é pior do imaginávamos. Vamos entrar na justiça contestando esses valores.”

 A Petrobrás  informou ainda que  também finalizou a operação de cessão da totalidade de sua participação no campo de Azulão (concessão BA-3), localizado no estado do Amazonas, para a empresa Parnaíba Gás Natural, subsidiária da ENEVA.  A operação foi concluída com o pagamento de US$ 56,5 milhões para a Petrobrás, já realizado  pela Parnaíba Gás Natural após o cumprimento de todas as condições precedentes e ajustes previstos no contrato. A justificativa da venda foi priorizar investimentos em ativos com maior potencial de geração operacional no curto prazo e com maior possibilidade de otimização de capital e de ganhos de escala.

Fonte: Petronotícias