Celulose Riograndense em Guaíba interrompe produção até novembro

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A planta da Celulose Riograndense, em Guaíba, vai interromper a produção até novembro devido a danos sofridos em uma das caldeiras ainda em fevereiro deste ano. A medida está em comunicado oficial da CMPC, companhia chilena que é dona da empresa, em seu site. A retomada da atividade produtiva é prevista em 11 de novembro, conforme o comunicado. Neste período, deixarão de ser produzidas 400 mil toneladas, que implicam em US$ 200 milhões a menos em fluxo de receitas, segundo a nota.

A planta destina mais de 90% de sua produção ao exterior. O principal mercado é o chinês. Além disso, é considerada uma das unidades com maior eficiência na relação produção e preço no mundo. Em 2015, a unidade quadruplicou sua capacidade, de 450 mil toneladas para 2 milhões de toneladas ao ano. Foram mais de R$ 5 bilhões em investimentos, o maior da história recente da economia gaúcha.

A empresa chegou a parar por 38 dias em fevereiro até março quando surgiu o dano na caldeira. Em julho, houve nova parada para manutenção e para resolver o problema, que acabou sendo estendida por mais 15 dias, conforme informação no site da empresa da celulose em 4 de agosto. Mas nessa quinta-feira (10), a CMPC divulgou fato relevante, por ser companhia de capital aberto no Chile, explicando que a parada terá de ser estendida em função da extensão dos danos no equipamento. O custo para o conserto é de US$ 60 milhões, diz o comunicado.

A CMPC acrescenta que a reparação do problema está coberto pelos contratos com seguradoras que já foram comunicadas da situação. A planta vem passando por novos investimentos mesmo após a conclusão da ampliação, cifra que inclui a ativação do porto de Pelotas para trazer madeira do Sul, por hidrovia, para a fábrica em Guaíba – Jornal do Comércio.

Fonte: Patrícia Comunello / Jornal do Comério-RS