Aneel quer cancelar projeto bilionário de termelétrica em Rio Grande

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Em 2008 (foto), ato simbólico marcou a área onde deve ser desenvolvido o empreendimento energético
Em 2008  um ato simbólico marcou a área onde deve ser desenvolvido o empreendimento energético

A Agência Nacional de Energia Elétrica quer cancelar o projeto de uma termelétrica bilionária em Rio Grande, na Zona Sul. Foi iniciado já um processo administrativo.A autorização tinha sido concedida para a Bolognesi Energia. A Aneel quer revogá-la.

A empresa já foi intimada e mandou a defesa. O argumento será analisado em reunião de diretoria dentro de 90 dias, que decidirá se cancela ou não a autorização.O projeto é estimado em mais de R$ 3 bilhões. Além dele, a agência reguladora quer revogar também autorização para outro projeto de termelétrica da Bolognesi. O valor é semelhante e o investimento era para ocorrer em Pernambuco.

As duas termelétricas somariam cerca de 2,5 gigawatts em capacidade de geração. Os empreendimentos venceram um leilão de venda de energia em 2014. Deveriam iniciar a entrega em 2019.Só que a Aneel considera que os projetos estão atrasados. A empresa tem dificuldade para conseguir financiamento. O mercado questiona a viabilidade dos projetos.

Segue posicionamento da Bolognesi

“O processo iniciado pela ANEEL, por meio do Termo de Intimação, está no rito regulatório normal e baseado na premissa de que as UTEs deveriam iniciar a operação comercial em janeiro de 2019. Entretanto as UTEs Novo Tempo e Rio Grande estão concluindo as negociações com as Distribuidoras de Energia para que os respectivos contratos tenham seu início postergado para janeiro de 2021.

A negociação está baseada na Resolução Normativa 711/2016 da ANEEL e também atende aos interessas das distribuidoras para reduzir a sobre-contratação de energia. Mais de 89% dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEARs) já foram renegociados com as distribuidoras, sendo que 65% formalizados junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

É importante ressaltar que todo o processo relativo à implantação está compatível com a nova data de início de suprimento; que as garantias foram aportadas; que os CCEARs foram assinados; que os contratos de suprimento de gás foram formalizados; os licenciamentos ambientais estão em fase final; as questões fundiárias estão resolvidas e os contratos de construção (EPC) firmados. Além disso, o retorno à estabilidade econômica do país permite a retomada dos financiamentos dos projetos em condições semelhantes àquelas de novembro de 2014.”

Fonte :Gaucha/Clic Rbs