Macri pedirá suspensão da Venezuela do Mercosul

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Mauricio Macri nesta segunda-feira, em sua primeira entrevista coletiva como futuro presidente da Argentina. / REUTERS / RICARDO MAZALAN (AP)
Mauricio Macri nesta segunda-feira, em sua primeira entrevista coletiva como futuro presidente da Argentina. / REUTERS / RICARDO MAZALAN (AP)

O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, já decidiu qual será a sua primeira grande batalha diplomática, mostrando a guinada que a sua vitória representará para a América Latina. Em entrevista coletiva horas após o final da apuração dos votos, Macri confirmou que aproveitará a próxima reunião de cúpula do Mercosul, em 21 de dezembro, para solicitar a aplicação da cláusula democrática contra a Venezuela “pelos abusos na perseguição aos opositores e à liberdade de expressão”. Macri está convencido de que terá o apoio dos outros sócios do Mercosul. A posição do Brasil será decisiva, uma vez que até agora a presidenta Dilma Rousseff se negou a condenar seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, pelo encarceramento do líder oposicionista Leopoldo López.

Num sinal da prioridade que Macri dá ao Brasil, ele anunciou que este será o destino da sua primeira viagem oficial. Mesmo antes de assumir a presidência, em 10 de dezembro, é muito possível que vá a Brasília se reunir com Rousseff. O tema Venezuela é um dos muitos a serem discutidos entre os dois gigantes da América do Sul, que são também grandes sócios comerciais e agora terão – pela primeira vez desde 2003 – governantes com sinais políticos diferentes. Durante a coletiva, Macri recebeu um telefonema da presidenta brasileira.