Fábio Branco: “Integrar para Desenvolver”

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HD_20150914103845fabio_lagoaÀ frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT) do Rio Grande do Sul desde o início do ano, o secretário Fábio Branco atua em várias frentes para vencer o desafio de melhorar a infraestrutura do Estado e atrair investimentos.

Por Marina Schmidt / Revista BENS & SERVIÇOS

Levando em consideração que a economia do Estado passa por um período de ajuste e que há uma dificuldade grande com as finanças, como se pode dar uma resposta à queixa dos empresários que reclamam da infraestrutura, sobretudo logística, para que se melhore o ambiente de negócios do estado?

É um grande desafio, mas é fundamental. Esta área hoje é uma das mais importantes para o governo, e eu não digo só da minha secretaria, mas de outras também. O governador tem uma determinação para todas as áreas: a transversalidade da comunicação e da participação de todas as secretarias nas soluções dos problemas. Essa transversalidade está nos dando uma condição de entender melhor esses gargalos, fazer os levantamentos sobre quais são as prioridades nesses gargalos de infraestrutura, e já existe uma determinação do governador em resolver alguns dos gargalos mais importantes por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) ou de concessões. Nesse sentido, foi instituído um grupo de trabalho englobando as secretarias do Planejamento, de Transporte, a Secretaria Geral do Governo e do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia. Essas quatro secretarias estão elaborando e construindo o Programa Estadual de PPPs.

A partir da construção do Plano Estadual Logístico, vamos identificar quais são as prioridades, o que precisa ser feito e o que pode ser resolvido por meio das parcerias ou de concessões. Queremos, realmente, que o diferencial do Rio Grande do Sul não seja só a sua posição geográfica pela proximidade com países do Mercosul, mas que os investidores entendam que o Estado quer investir muito forte e que o seu diferencial vai ser a logística, com a integralidade dos modais ferroviário, hidroviário, rodoviário, aeroportuário e portos. Essa é a porta para o mundo todo. É claro que investimento em infraestrutura não se consegue de um dia para o outro, mas os investidores vão enxergar que o Estado vai resolver ou encaminhar suas soluções através de concessões ou PPPs.

A secretaria de desenvolvimento está mantendo contato com empresas dos mais variados ramos desde o início do ano para levantar oportunidades. Como está esse trabalho?

Temos uma carteira na Sala do Investidor de mais de 130 projetos que estão sendo monitorados. Eu estou fazendo muitas viagens aos municípios, aos polos regionais, para colocar o Estado à disposição. Muitas coisas acontecem no Estado e muitas vezes o governo não sabe. O que eu estou fazendo por meio dessa descentralização é colocar o corpo técnico do Estado a encontrar mais parceiros para serem agentes do desenvolvimento. Esse é o trabalho que estamos fazendo internamente. Externamente, temos as câmaras de comércio dos países instalados no Rio Grande do Sul. A Fecomércio-RS tem desempenhado um papel muito importante nas Câmaras.

Temos nos reunido a cada dois meses para conversar sobre as propostas do Rio Grande do Sul e o interesse do Estado em fazer com que não só o corpo consular desses países que estão aqui, mas suas câmaras de comércio tenham o Rio Grande do Sul como prioritário quando queiram fazer investimentos no Brasil. Estamos nos superando na capacidade de multiplicação de trabalho, estando diariamente prospectando, monitorando, ligando para os empresários e nos colocando à disposição. Um serviço de inteligência que já tinha na secretaria, mas que era um papel mais interno de informação e que eu mudei o foco: quero que façam prospecções mundiais. Quais são as empresas que querem ampliar? Quais são as que querem se estabelecer no Brasil? Quais são as empresas brasileiras que querem ampliar seus negócios? Então, estamos criando um centro de inteligência na secretaria para prospecção de oportunidades.

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