“Foi uma coisa incomum”, diz pesquisador da Furg após recuo do Guaíba

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Foto: Félix Zucco /Agencia RBS
Foto: Félix Zucco /Agencia RBS

O fenômeno que fez diminuir o nível do Guaíba é conhecido na oceanografia como maré meteorológica negativa. Ele ocorre quando há um vento forte que vem do norte e nordeste e empurra a água em direção ao oceano baixando o nível do mar na zona costeira.

– Tinha um vento nordeste predominando em função desse anti-ciclone poderossímo que estava dominando o sistema todo. Foi uma coisa incomum. Basicamente incomum. Se havia um sistema ciclone de vento empurrando a água para o norte havia outro sistema anti-ciclone empurrando para o sul – explica o o doutor em Oceanografia Geológica, professor e pesquisador do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Lauro Calliari.

O professor concedeu entrevista ao Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (14) e informou que, com a passagem desse sistema e a volta das condições normais do tempo, o nível da água vai começar a subir lentamente. A maior consequência é o cheiro ruim que exala desta lama. O pesquisador destaca que, se não fosse o vento jogar água para o oceano a tempestade prevista poderia ter causado muita destruição.

– Graças a Deus que houve esse recuo. Se não tivesse ocorrido esse recuo teria destruído grande parte dos balneários da zona costeira do Rio Grande do Sul – avalia Calligari.

Depois de ter atingido a menor marca dos últimos 12 anos no sábado (12), quando a água chegou a 0,24 metros, o nível do Guaíba voltou a subir. Nesta manhã, foi registrado 0,82 metros no Cais Mauá, em Porto Alegre.

Fonte: Rádio Gaúcha- Jocimar Farina