Wilson, Sons amplia terminal na BA e busca cargas de outros Estados

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As aquisições para o terminal de contêineres prometem aumentar a competitividade ampliando a movimentação do terminal de 250 mil TEUs/ ano para 530 mil TEUs/ano, perfazendo um incremento da ordem de 67% até o final da expansão previsto para 2012.

 

Por ROBERTA VILAS BOAS – Reuters

A Wilson Sons, operadora de serviços portuários, logísticos e marítimos no Brasil, inaugurou na sexta-feira (30) a expansão de um terminal de contêineres no porto de Salvador (BA), o Tecon, e espera com isso atrair novas cargas de produtos feitos em outros Estados e exportados por outros portos.”Vamos ter sucesso no resgate de cargas que saíam por outros portos da Bahia e a atração de novas cargas”, afirmou Demir Lourenço, diretor do Tecon, da Wilson Sons.”Temos trabalhado ativamente na atração de cargas do norte do Espírito Santo e do noroeste do Estado de Minas Gerais. Temos um foco que também será dirigido para o Estado de Goiás e Tocantins”, disse ele à Reuters.”Estamos conversando em Minas com siderúrgicas e produtores de café. Estamos falando no sul da Bahia, (com produtores de) carne que hoje está saindo pelo Espírito Santo. Em Goiás temos a oportunidade da soja, algodão e carne”, acrescentou.

As obras de dois anos para a expansão do terminal exigiu investimentos de 180 milhões de reais da Wilson Sons. O terminal teve o acréscimo de uma área de 44 mil metros quadrados, e agora totaliza 150 mil metros quadrados.

 Com isso, houve alta de 130 por cento da capacidade de movimentação no pátio e crescimento de produtividade de aproximadamente 50 por cento, passando para 55 contêineres por hora. Em outubro, o Tecon registrou um registrou um recorde na movimentação de contêineres, totalizando 6,5 mil, segundo informações da empresa.

 

CABOTAGEM

 A expansão do terminal incluiu também a adoção de uma política específica de cabotagem, a navegação entre portos de um mesmo país, que poderá ser implementada em outros portos nos quais a Wilson Sons opera.”Criamos um berço exclusivo para cabotagem (…) Temos quatro empresas trabalhando (com cabotagem), faltava a contrapartida do porto”, disse Lourenço. “Certamente esse é um modelo que será expandido sempre que houver oportunidade”. A Wilson Sons está presente nos principais portos brasileiros, e além da Bahia, possui um terminal de contêineres no Rio Grande do Sul, na cidae de Rio Grande.

 PLANO PARA PORTOS

Segundo o presidente Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), José Muniz Rebouças, os investimentos nos portos do Estado estão congelados à espera do anúncio do governo sobre o plano portuário.”Temos hoje, já em estudo, um volume de investimentos grande. Chega perto de 3 bilhões de reais o volume de projetos que temos previstos. Por conta desse novo marco regulatório, isso está em espera”, disse ele à Reuters.

 A expectativa é que o governo anuncie em 6 de dezembro um pacote de investimentos e mudanças regulatórias para estimular o setor.A previsão inicial da própria presidente Dilma Rousseff era de que o anúncio seria feito em setembro, mas desde então ela também determinou mudanças nas medidas, o que retardou o anúncio do plano em meses.”Já nos últimos seis meses ninguém está com vontade de ir para frente sem saber as regras”, disse Rebouças.