Vice-presidente da República promete apoio às reivindicações dos despachantes aduaneiros para enfrentar gargalos logísticos

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Os dirigentes dos sindicatos dos despachantes aduaneiros do Rio Grande do Sul e de São Paulo, Fabio Ciocca e Elson Isayama, respectivamente, foram recebidos ontem, 23 de março, em Brasília (DF), pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, quando levaram reivindicações da categoria para enfrentar os problemas que provocam  gargalos logísticos que afetam as operações de comércio exterior em todo o país. “O encontro foi bastante positivo, ele mostrou conhecimento da situação e prometeu apoio às nossas reivindicações”, revelou Ciocca, depois de sair otimista do gabinete de Mourão, instalado no prédio anexo ao Palácio do Planalto.

Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, vice-presidente do Sdaergs (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do RGS), Fabio Ciocca e presidente do Sindasp (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo), Elson Isayama.

Segundo Ciocca, vice-presidente do Sdaergs, Mourão “externou muita preocupação” com a situação, entendendo que “todas as paralisações e inconsistências de sistemas geram entraves para as operações logísticas, que acabam afetando a economia. “O vice-presidente da República”, ressaltou o despachante, “citou, inclusive, que acompanha as longas filas nas fronteiras terrestres com a Argentina, impactando sobre os negócios e gerando custos extras e problemas de abastecimento e ele entende que isso tem que ser solucionado imediatamente”. Os três também conversaram sobre o PL do Executivo que trata da regulamentação dos chamados bônus de eficiência, que está para ser votado no Congresso Nacional, e atende substancialmente a demanda dos auditores-fiscais.

Na audiência, Mourão endossou a colocação de  Ciocca e do presidente do Sindasp,  Elson Isayama, sobre a importância do cumprimento do Acordo de Recife (PE) em relação às áreas de controle integrado, observando que elas, efetivamente, devem estar na sua plenitude de funcionamento, com a harmonização de procedimentos e vistorias conjuntas nas aduanas dos dois países. “Essa é uma questão que também tem que avançar, a curto prazo, precisamos ter uma união aduaneira melhor, hoje ela ainda é imperfeita, mesmo após três décadas de funcionamento do Mercosul, em um trabalho em conjunto entre os setores público e privado e o governo federal”, destacou Ciocca, com o apoio do vice-presidente.

Os dirigentes do Sdaergs e do Sindasp apontaram  ao vice-presidente a necessidade de mais investimentos no Portal Único, afetados nos últimos anos pela pandemia provocada pela Covid-19 e por questões de orçamento.  “O sistema estava bem estruturado, eficiente, funcionando de modo célere”, lembrou Ciocca. “Mourão sabe da importância dessa evolução da informática, de tornar virtual as operações, da necessidade de investimento tecnológico para se ter um controle melhor, com gerenciamento de risco, da fiscalização, com scaners, balanças, inteligência, todos fatores importantes para a efetividade da função controladora de órgãos como a aduana para a economia brasileira”,analisou.

O despachante, que trabalha baseado em Uruguaiana, na fronteira oeste gaúcha, acrescentou que no encontro foi comentado, ainda, que “através de um estudo logístico realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), com a implantação total do Portal único, o governo deverá adicionar US$ 125 bilhões ao PIB (Produto Interno Bruto).”