UE sinaliza embargo também a unidades de pescado do Brasil

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A Comissão Europeia deverá em breve anunciar a lista de plantas de pescado brasileiras, a exemplo do que fez ontem com as de carne de frango.

Além do embargo que já anunciou a 19 plantas de carne de frango e uma de carne bovina processada do Brasil, a maior parte da BRF, a União Europeia recomendou nesta sexta-feira que barreira semelhante seja imposta a todas as indústrias processadoras de pescado do Brasil, por causa de recorrentes problemas sanitários.

Em documento assinado Anca Paduraru, porta-voz da divisão de Saúde, Segurança dos Alimentos e Energia da UE, o bloco informa que uma recente auditoria feita no Brasil por técnicos europeus revelou “sérias deficiências no controle da produção primária e na infraestrutura e higiene dos estabelecimentos” do segmento pesqueiro.

O documento lembra que, em resposta às recomendações do bloco, o Ministério da Agricultura do Brasil suspendeu as exportações de plantas de pescado do país à UE desde o dia 3 de janeiro. E advertiu que os paises-membros já denunciaram à Comissão Europeia que, mesmo após suspensão, remessas de pescado brasileiro continuaram chegando ao bloco — os carregamentos vêm sendo barrados nas fronteiras europeias.

“Considerando que os produtos da pesca podem constituir um risco para a saúde pública, é adequado retirar todos os estabelecimentos da lista a partir dos quais os produtos da pesca destinados ao consumo humano podem ser importados pela União Europeia”, afirma o documento. “Isto confere aos Estados-membros a segurança jurídica para recusarem quaisquer remessas apresentadas para importação”.

Por fim, o documento tenta minimizar os possíveis impactos de um embargo também aos pescados do Brasil, ao afirmar que o país “é um pequeno exportador de produtos pesqueiros para a UE”. Segundo o comunicado, em 2017 o Brasil exportou 6,5 mil toneladas de produtos de pesca aos europeus, o que representou “menos de 0,2% das importações da UE de produtos da pesca”.