Soluções logísticas para escoamento da produção regional ganham destaque no Centro-Oeste Export, em Rondonópolis

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Garantir soluções logísticas para todos os modais, ouvir as necessidades dos produtores para escoamento das cargas, desenvolver novos e mehores modelos de concessões de ativos da infraestrutura e o emprego estratégico de fundos garantidores para aumentar investimentos foram algumas das questões que integraram a Carta do Centro-Oeste Export, documento que resume os principais temas debatidos durante o primeiro fórum regional do Brasil Export no Centro-Oeste, realizados entre os dias 9 e 10 de novembro, em Rondonópolis.

Rondonópolis foi sede do quinto e último evento regional do Fórum Brasil Export, que terá seu grande encontro nacional em Brasília, nos dias 23 e 24 deste mês, com a presença confirmada do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. As inscrições tanto para quem quiser acompanhar presencialmente quanto aqueles que quiserem assistir online já estão abertas e podem ser feitas no endereço http://forumbrasilexport.com.br/inscricoes/

O encerramento do Centro-Oeste Export contou com a presença de dirigentes de entidades, empresários e autoridades. Entre essas personalidades estava o senador Wellilngton Fagundes (PL/MT), presidente da Frenlogi (Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura), elogiou a realização do evento em Rondonópolis, sua terra natal. “O Brasil ganhou e nossa logística ganhou muito”, disse. E foi além. “O Brasil é o país da solução. Temos dificuldade, temos. Mas temos muito potencial de reservas e a capacidade do nosso produtor, do nosso empreendedor, de investir, mesmo no momento de pandemia. E quero agradecer a Deus pelos Estados do Centro-Oeste que têm conseguido manter a produção para matar a fome de todos”, complementou.

Goiás será a sede da segunda edição do fórum regional, em 2021; Brasília recebe grande encontro nacional nos próximos dias 23 e 24

Iniciado na última segunda-feira (9) com a visita técnica ao Terminal Intermodal de Rondonópolis, o bem equipado complexo que tem reduzido o valor do transporte das cargas, seja com destino à exportação ou a grandes mercados consumidores, e gerado ganhos para os níveis de competitividade do Brasil, o evento foi encerrado nesta terça-feira (10) com os painéis temáticos, onde foram debatidos os principais gargalos da logística da região.

Presente ao primeiro painel do evento, que debateu o papel da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) e dos fundos de investimento, Nelson Viera Fraga Filho, dirigente do órgão afirmou ser necessário identificar as regiões que precisam ser desenvolvidas no Centro-Oeste e permitir “facilitar o ingresso das empresas para essas regiões”. “É ilógico não ter incentivo fiscal para a região Centro-Oeste”, disse.

Cleiton Gauer, gerente de inteligência de mercado do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), e que participou do painel sobre o potencial econômico e estratégico da região Centro-Oeste apresentou projeções animadoras da produção do agronegócio para os próximos 10 anos. Segundo ele, até 2030, deverá ocorrer um incremento de 66% na safra de soja, de 91% em milho, 39,23% de bovinos e 66% na de suínos em relação a safra 2019/2020. “Esse crescimento dessas agriculturas devem ocorrer sem derrubar nenhuma árvore”, afirma Gauer. Segundo explicou o especialista, isso será possível pela expansão da área e migração do sistema produtivo da região.

Como sempre vem fazendo nos fóruns regionais, o Ministério da Infraestrutura também esteve presente em mais essa edição. Marcello da Costa, secretário Nacional de Transportes Terrestres, demonstrou o plano de estruturação em curso pela pasta do governo gederal durante o painel que debateu os gargalos do transporte intermodal da região. Dino Antunes Batista, diretor do departamento de Navegação e Hidrovias, ressaltou a importância do desenvolvimento coletivo do BR dos Rios, com o objetivo de incentivar e dar boas condições para a adoção, em maior escala, do transporte hidroviário.

Em seu último debate, o Centro-Oeste Export abordou a exportação da produtividade brasileira no exterior, em que a diversificação dos produtos exportados e a melhoria da qualidade dos produtos brasileiros são a marca do desenvolvimento das exportações.