Setor naval de Niterói em sintonia para gerar empregos e negócios

0
980
IMPRIMIR
O lançamento Plano de Fortalecimento da Frente Marítima chega no momento em que os investidores estão tomando decisões de onde vão instalar suas operações dos grandes leilões de óleo e gás que estão sendo feitas nesse segundo semestre

O desenvolvimento das indústrias naval e petrolífera no Leste Fluminense ganhou ânimo novo. A Petrobras assinou na semana passada uma parceria com a empresa norueguesa Equinor para escoamento do gás natural pelo Comperj , enquanto a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) anunciou uma soma de forças com prefeituras da região para o reaquecimento da indústria naval. A meta é a criação do Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro , reunindo o polo marítimo de Niterói e integrando os setores de óleo e gás, portuário e pesca a fim de gerar empregos e negócios.

A iniciativa do cluster faz parte do Plano de Fortalecimento da Frente Marítima da Niterói , que está sendo desenvolvido pela prefeitura, através da Secretaria municipal de Fazenda e da Agência de Atração de Investimentos Nit-Negócios. Com previsão de ser anunciado no mês que vem, no aniversário da cidade (dia 22), o plano é dividido em cinco grandes projetos.

Parte integrante da estratégia, a dragagem do Canal de São Lourenço, que está em fase de licenciamento, beneficiará o porto de Niterói e todo o setor. Além da dragagem e do cluster, o plano promete tirar do papel o terminal pesqueiro e desenvolver outros dois projetos: um relacionado à cadeia de serviços e outro à área turística.

Parcerias tecnológicas

A secretária municipal de Fazenda, Giovanna Victer, afirmou que pretende elaborar um protocolo de intenções para realização de futuras parcerias técnicas com a Emgepron, principalmente na área de tecnologia, em associação com a Universidade Federal Fluminense (UFF).

— Hoje em dia o setor naval de Niterói é visto quase como abandonado, sucateado, e já teve um grande potencial de geração de emprego. Nesse momento da cidade não temos como prescindir dessa atividade econômica para retomar a geração de emprego. A frente marítima tem muitos setores além de estaleiros e construção naval, como óleo e gás, turismo, pesca e reparos navais. A Emgepron tem grande especialidade em economia do mar, então começamos uma conversa porque esse plano tem o objetivo de identificar os principais potenciais para gerar emprego e prosperidade no setor — explicou a secretária.

O projeto do Cluster Tecnológico Naval prevê governança e objetivos próprios e tem como focos estratégicos promoção do mercado interno, capacitação e formação, inovação e tecnologia, valorização do mercado local e encadeamento produtivo entre pequenas, médias e grandes empresas. A intenção da Emgepron é mobilizar as sete cidades presentes no entorno da Baía de Guanabara (Rio, Niterói, Magé, Duque de Caxias, São Gonçalo, Guapimirim e Itaboraí), com o Estado do Rio e a União, para criar mecanismos e possibilitar ações em prol do desenvolvimento da indústria naval.