O resultado mais concreto das incursões gaúchas em três continentes, até agora, é o investimento de US$ 30 milhões da Hyundai para uma fábrica de elevadores em São Leopoldo, que deve trazer outros quatro fornecedores para a Região Metropolitana.
– Quando estivemos na Coreia do Sul, o presidente da Hyundai Corporation, Young Kim, disse que nunca tinha passado pelos planos da empresa investir em outro Estado que não fosse São Paulo – recorda Marcelo Lopes, diretor-presidente do Badesul.
Numa parceria da Samsung e da Hyundai, juntamente com a Petrobras, o governo tenta atrair para a metade sul do Estado investimento de R$ 4 bilhões para projetos na área de gás natural liquefeito.
– Em agosto, devemos concluir os estudos e definir o valor efetivo que cada um irá investir – diz Lopes.
Durante um ano e meio do governo Tarso Genro, quatro missões ao Exterior tentaram quebrar a hegemonia de São Paulo e Rio de Janeiro.
– Não há outra forma de dar visibilidade ao Rio Grande do Sul no mapa mundial se não for colocando a cara lá fora – resume Marcus Coester, presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI).
As ações do governo buscam também a abertura de espaço para internacionalização de empresas gaúchas, com o aumento das exportações.
Outras missões levaram Tarso Genro, empresários e universidades para a maior feira de tecnologia da informação do mundo – a CeBIT, na Alemanha. Em Londres, foi assinado convênio com a BG, parceira da Petrobras na exploração de petróleo e gás.
– A importância da figura do governador nessas missões não se discute. Não dá para pensar que a representação maior do Estado tenha de ficar de plantão no Piratini – aponta Ricardo Felizzola, um dos vice-presidentes da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
A presença de universidades nas missões é estratégica para a atração de investimentos, devido ao potencial de pesquisa e de formação de pessoal.