Retomada da indústria naval?

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Clima é de confiança e a sensação do setor de petróleo e gás de que a indústria pode se recuperar com mais velocidade
Clima é de confiança e a sensação do setor de petróleo e gás de que a indústria pode se recuperar com mais velocidade

Dados do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo), apontam que o Brasil é o 13º maior produtor de petróleo do mundo e o 5º maior mercado consumidor de derivados global, representando 3% de toda demanda mundial. A indústria de petróleo e gás é responsável, também, pela geração de 10% do PIB brasileiro e por 30% do PIB do estado do Rio de Janeiro.

Na avaliação do secretário-geral do IBP, Milton Costa Filho, o novo ministro, Fernando Coelho Filho, está se mostrando muito interessado na indústria, “fazendo uma interlocução muito positiva”. O que segundo ele, cria um clima de otimismo e de confiança. Ressaltando acreditar não só no potencial de recuperação da Petrobras, mas da indústria de petróleo e gás como um todo.

O clima dos membros do governo interino de Michel Temer é de confiança e a sensação do setor de petróleo e gás é de que a indústria pode se recuperar com mais velocidade, inclusive puxando a retomada do crescimento econômico.

Outro ponto considerado positivo para o futuro da indústria petrolífera foi a aprovação pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), na semana passada, da continuidade dos estudos sobre campos e blocos de petróleo e gás que poderão ser oferecidos na 14ª rodada de licitações da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis). “A gente espera que venha uma rodada que possa realmente atrair investidores”, disse.

A possibilidade de aprovação na Câmara dos Deputados do projeto do então senador José Serra que retira da Petrobras a obrigatoriedade de ser operadora única dos campos do pré-sal constituirá, segundo o secretário-geral do IBP, “um sinal maravilhoso para atrair novos investidores e empresas para a nossa indústria”. O IBP reivindica também que a política de conteúdo local no setor de petróleo e gás seja mais realista, de modo a beneficiar a cadeia nacional de fornecedores de produtos e serviços.

A indústria está concentrando agora sua atenção no anúncio do próximo plano de negócios da Petrobras, previsto para o final deste mês, que deixará claro o posicionamento da companhia daqui para a frente. A expectativa é que a estatal vai investir menos nas áreas de refino, logística e distribuição de gás e se concentrar mais na parte de geração. “Se for feito dessa forma, vai gerar uma série de oportunidades”. A indústria aguarda ainda o anúncio de diversas medidas do governo para retomada do setor. “O clima é de confiança”, ressaltou.