>Reportagem da Conexão Marítima é destaque no Jornal Nacional

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O Jornal Nacional da TV Globo, exibiu nesta quarta-feira, uma reportagem realizada pela Revista Conexão Marítima em outubro do ano passado, em Hamburgo, na Alemanha. A reportagem, realizada pelo jornalista Marcos Losekan, foi baseada na reportagem publicada na edição especial sobre Hamburgo, produzida pela equipe da Revista.

A publicação, foi enviada no ano passado pelo jornalista Diniz Júnior, editor da Conexão Marítima, para o escritório da TV GLOBO em Londres. Marcos Losekan, trabalhou com Diniz Júnior na RBS TV nas décadas de 80 e 90, e hoje coordena o jornalismo da Globo em Londres. Na época, Losekan entrou em contato com a redação da Revista, solicitando informações sobre o projeto da empresa alemã SkySails, que desenvolveu um projeto para movimentar navios cargueiros movido por uma “pipa gigante”.

A pipa, controlada por computador e que mede 160 metros quadrados, pode cortar em até 20% o consumo de combustível do cargueiro. Abaixo, a íntegra da reportagem exibida no Jornal Nacional.Navios a vela diminuem poluição na AlemanhaO esforço mundial para reduzir gastos com energia produziu um exemplo surpreendente na Alemanha. Uma tecnologia milenar que, de quebra, ajuda a diminuir a poluição. Quem explica é o enviado especial Marcos Losekann.

De longe, parece uma pipa empinada ao sabor do vento. Ou um simples paraglider, desses usados para praticar vôo livre, mas, na outra ponta da corda, ninguém está para brincadeira. Um navio cargueiro leva 30 mil toneladas a bordo, o equivalente ao peso de 700 carretas. Um gigante dos mares que navega puxado por uma vela dos tempos modernos.

Uma enorme estrutura, do tamanho de uma quadra de basquete, feita de um nylon ultrarresistente. A vela é lançada a 300 metros de altura, onde os ventos são mais fortes. Assim, os motores podem ser desacelerados. A vela assume até 20% da força que faz o navio andar para frente em alto mar, em uma velocidade média de 27 km/h. É uma volta ao passado, mas de olho no futuro. Essa tecnologia que usa a força dos ventos para mover navios representa mais economia de dinheiro e menos poluição.

Em uma viagem entre a Alemanha e o Brasil, por exemplo, um navio cargueiro gasta, em média, 300 mil litros de combustível. Com o empurrrãozinho do vento, o mesmo navio chega a economizar 60 mil litros de combustível. E o melhor de tudo: evita a emissão de 200 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. “Tive a idéia aos 15 anos, empinando pipas”, diz o inventor, que já instalou esse tipo de vela em oito navios alemães e que planeja equipar 250 embarcações por ano daqui para frente em todo o mundo. Cada vela custa ao redor do equivalente a R$ 5 milhões, mas esse custo, segundo os capitães dos navios que já operam com o sistema, pode ser recuperado em apenas 50 viagens transatlânticas. Ou seja, em 10 anos, no máximo, o investimento se paga só com a economia que o vento provoca. O meio ambiente agradece.