Quem fiscaliza o movimento marítimo?

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Desde o acidente ocorrido em 1989 com o navio Exxon Valdez na costa do Alasca, a indústria de navios passou a opor uma resistência feroz a qualquer medida para restringir o uso dos petroleiros monocascos.

O primeiro calendário de eliminação dessas embarcações foi aprovado em 1992 e estabelece um cronograma que deve estar concluído definitivamente em 2026. “Rebaixar em 16 anos a vida útil dessas bombas de relojoaria é sem dúvida uma boa notícia. É terrível que tenham sido necessárias tantas marés negras para forçar a indústria a aceitar medidas que sabemos, há muito tempo, que são necessárias”, declarou Sebastián Losada, responsável pela campanha de oceanos do Greenpeace.
O Estreito de Gibraltar é um dos pontos de maior trânsito petroleiro em todo o mundo. Cada ano, trafegam pelo Estreito entre 4000 e 5000 petroleiros, isto é, entre 10 e 15 diários. Na Bahia de Algeciras movem-se anualmente em torno de 20 milhões de toneladas de produtos petrolíferos.
A poluição dos mares e das zonas costeiras originada por acidentes com o transporte marítimo de mercadorias, em particular o petróleo bruto, contribui, anualmente, em 10% para a poluição global dos oceanos. Todos os anos, 60.000 toneladas de petróleo bruto são derramadas em acidentes ou descargas ilegais, com graves conseqüências econômicas e ambientais.
Dos acidentes com petroleiros, que infelizmente não são raros, resultam, quase sempre, enormes quantidades de petróleo que, flutuando e alastrando-se progressivamente, formam extensas manchas negras.
Também nas operações de lavagem dos tanques dos petroleiros em pleno oceano são derramadas enormes quantidades de petróleo, que, não raramente, originam autênticas marés negras. Embora atualmente tal operação seja proibida, é natural que se continuem a cometer abusos, dada a dificuldade de fiscalização.
Leia mais sobre os Oceanos na série de reportagens da Revista Conexão Marítima. Acesse o link http://www.conexaomaritima.com.br/oceano/oceano4.htm