As baterias representam boa parte do custo dos carros elétricos, aproximadamente 50%. E quanto mais eficiência se espera do veículo, mais caro é o equipamento. Reduzir este custo e encontrar soluções de produção dentro das fronteiras brasileiras são os principais objetivos de um projeto que está sendo coordenador por Itaipu Binacional. E as expectativas são positivas: conforme o engenheiro que coordena a iniciativa, Celso Novais, em um ano e meio deve estar criada a primeira bateria totalmente brasileira. Diferente da matéria-prima que atualmente é mais utilizada, o lítio, essa deve utilizar o sódio. Além disso, será 100% reciclável e mais adequada a países de clima tropical.
Esta história inicia em 2006, com o princípio do projeto Veículo Elétrico (VE), que colocou Itaipu em uma posição de referência na área de mobilidade elétrica no país. A ideia, naquele momento, era desenvolver soluções tecnológicas e ambientalmente mais favoráveis para a própria usina. A partir de uma parceria para transferência de tecnologia com a KWO, controladora de hidrelétricas na Suíça, técnicos da usina transformaram dois carros a combustão em tração elétrica, a partir de insumos importados.
Para não depender exclusivamente de tecnologia estrangeira, os esforços se voltaram para o cenário interno. Os pesquisadores envolvidos passaram a identificar e preparar fornecedores que pudessem favorecer o desenvolvimento do projeto. E os objetivos foram ampliados: além do carro elétrico, buscou-se, também, desenvolver os veículos híbridos movidos a diesel, gasolina e também a etanol, voltados para o transporte individual, coletivo, de carga e até aéreo.
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