Polícia Federal inclui Lula em inquérito que investiga pagamentos da Odebrecht

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As empreiteiras são hoje foco central nas investigações da Polícia Federal e a cada dia revelam mais seu envolvimento com a esfera política. Um novo relatório encaminhado nesta semana ao juiz federal Sérgio Moro analisa uma nota fiscal de R$ 400 mil pagos pela Odebrecht para a Lils Palestras, Eventos e Publicações, empresa fundada pelo ex-presidente Lula. O documento analisado tem como base informações apreendidas no escritório da construtora, em São Paulo, após a realização de um mandado de busca na Operação Lava-Jato.

Embora não seja formalmente investigado, o ex-presidente foi incluído no inquérito junto a um dos fundadores do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Ambos tiveram suas fotos e informações pessoais citadas na análise da Polícia Federal.

A nota fiscal é datada de julho de 2013 e mostra o recebimento de Imposto Sobre Serviços (ISS) para a prefeitura de São Bernardo do Campo, em São Paulo, no valor de R$ 8 mil.

Os investigadores incluíram no relatório os dados sobre a movimentação financeira da empresa de Lula, fundada por ele em 2011, após deixar a presidência. Entre abril de 2011 e maio de 2015, a companhia teria movimentado R$ 27 milhões, dos quais R$ 10 milhões teriam origem em pagamentos de empreiteiras investigadas.

A assessoria do ex-presidente afirma que os pagamentos são referentes à realização de palestras, e que foram feitos de forma lícita e devidamente declarados à Receita Federal. Segundo a assessoria, Lula palestrou para a Odebrecht e mais 40 empresas.