Petrobras diz que faltam bons projetos em biocombustíveis

0
732
IMPRIMIR

LUCAS VETORAZZO, SABINE RIGHETTI, ISABEL FLECK, DENISE MENCHEN DO RIO/ Folha.Com

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou ontem que a decisão de reduzir os investimentos em biocombustíveis no plano de negócios para o período 2012-2016 foi tomada porque a Petrobras Biocombustíveis (PBio), divisão da estatal voltada para este segmento, teve menos “projetos bons” em 2011 do que em 2010.

Leia mais no Especial Rio+20 Folha lança aplicativo sobre a Rio+20 para smartphone Conte à Folha como sua vida é ‘sustentável’

Isso foi levado em consideração na elaboração da nova projeção de investimentos.

“A Petrobras Biocombustíveis é uma empresa em formação. No ano passado não recebemos bons projetos”, afirmou Foster, após realizar uma palestra em evento da ONU paralelo à Rio+20.

Durante sua fala, a presidente da estatal afirmou que a Petrobras tem orgulho de ser uma empresa de combustíveis fósseis. De acordo com ela, a operação da empresa traz desenvolvimento econômico aos 27 países no qual a empresa tem operações.

O subsídio aos biocombustíveis está entre as principais propostas defendidas amanhã pelo Marco Inicial do Rio/Clima, um dos eventos paralelos da Rio+20 que está discutindo mudanças climáticas e formas de reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, não quis comentar a decisão da Petrobras. “Eu não vi o plano de negócios, então eu não posso ter opinião”, disse.

Na avaliação de Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), a descoberta do pré-sal “certamente levará” a mais investimentos nessa área. “Mas a questão é se o Brasil vai manter a sua matriz econômica relativamente limpa. Acredito que uma coisa não exclui a outra”, afirmoue Steiner.