Peças gigantes são transportadas pela hidrovia gaúcha

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Rebocador "TS Assanhado" e balsa "TS 5" navegando lado a lado rumo ao cais Navegantes em Porto Alegre

As peças foram importadas da Itália e servirão para ampliar a refinaria. As primeiras chegaram há 45 dias e serão armazenadas até que o lote esteja completo. Com altura equivalente a um prédio de quatro andares, os equipamentos serão transportados via fluvial e rodoviária.

Sobre a balsa “TS 5” se encontravam três cilindros degrandes dimensões produzidas na Itália pela empresa Walter Tosto S.P.A. Os mesmos foram pressurizados com nitrogênio a 0,5 BAR, para garantir sua integridade durante a viagem transatlântica. Suas paredes feitas de metal tratado termicamente também não permitem a realização de nenhum tipo de soldagem, visando o auxílio no processo de fixação. Por este motivo as peças vieram acondicionadas em seus berços para o transporte.

Só para se ter uma ideia da grandeza do material transportado. O maior dos cilindros, que é um “reator de hidrotratamento”, pesa 396 toneladas. Que com o conjunto de suportes para sua fixação e transporte chega às 400 toneladas. Seu comprimento total chega a 33,10 metros, seu diâmetro é de 5,82 metros e com o suporto de fixação e transporte sua altura vai à casa dos 6,45 metros. Em virtude destas dimensões, o transporte até seu destino final, a Refinaria Alberto Pasqualini vai exigir uma logística toda especial. Isto inclui o deslocamento da balsa pelo rio dos Sinos até o município de Esteio. Onde os volumes devem ser descarregados junto a margem e de lá enviados por terra para a REFAP. Esta manobra visa evitar todos os viadutos existentes, cuja altura máxima é inferior às dimensões da carga em si. Sem contar com a carreta que a transportará em terra.

A hidrovia estar cumprindo seu maior objetivo. O de transportar cargas sem com isto afetar a segurança ou a rotina da população de um modo geral. Este fato por si só já justifica os investimento que a sociedade fez na sua construção e manutenção ao longo dos anos. E serve de alerta aos nossos políticos para sua importância. Pois sem ela, certamente seria impossível a realização deste investimento que a Petrobras esta fazendo na REFAP. Cujo maior beneficiado é a sociedade do Rio Grande do Sul. E quem sabe no futuro, com a construção de um novo terminal no rio dos Sinos, mais cargas de grandes dimensões possam entrar ou sair por ele. Ampliando a dinâmica da região e incentivando o surgimento de novos projetos que gerem emprego e renda.

No sábado (04) foi descarregada no porto do Rio Grande  uma peça de 82 toneladas – parte do lote de quatro equipamentos que serão destinados à ampliação da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). A partir da liberação da Receita Federal serão nove dias de operação e oito de viagem. Nos dois primeiros dias as quatro peças serão transportadas em uma balsa (pela Lagoa dos Patos, Estuário do Guaíba e Rio Taquari), de Rio Grande até Triunfo. Na sequência serão seis dias para completar o trecho de 65 quilômetros, até Canoas.