Paulo Somensi, pres.Câmara de Comércio do Rio Grande: “Nossas lideranças têm o compromisso de fazer com que esse desenvolvimento seja sustentável”

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Somensi: O que temos de fazer é que o desenvolvimento não seja uma bolha, como na década de 70

O comerciante Paulo Somensi já presidiu em duas oportunidades a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), foi secretário municipal do Trabalho e Ação Social e diretor-presidente da extinta Companhia Rio-grandina de Desenvolvimento (CRD), que tinha sob sua responsabilidade atividades ligadas ao turismo e à habitação no município. Desde 2010 ele preside a Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande, onde promoveu uma grande reforma nas instalações do prédio, e sempre esteve presente nas questões que dizem respeito não apenas ao setor empresarial, mas também à comunidade. Diga-se de passagem, que a entidadede classe mais antiga do estado e a quarta mais antiga do país presta, ainda,todo o apoio à realização da Festa do Mar, cedendo suas dependências para escritório e reuniões da Femar. “A Festa é da comunidade e as entidades têm o dever de apoiar”, justifica ele, que concedeu a entrevista seguinte, ao “FolhaGaúcha”.

Por Ique de la Rocha
Como está sendo presidir a Câmarade Comércio?
Uma experiência muito especial,até porque o momento que Rio Grande vem atravessando é excepcional e como presidenteda Câmara de Comércio estou podendo acompanhar esse novo ritmo e contribuir,através da entidade, para o desenvolvimento da cidade junto com as empresas que estão se instalando, poderes políticos da cidade e entidades coirmãs para que esse crescimento seja constante, sustentável e que venha acompanhado de uma qualidade de vida para Rio Grande, porque junto com o desenvolvimento vêm os problemas e precisamos minimizar esses problemas.
O que destacaria em sua gestão?
Assumi com alguns objetivos. Sem ter uma ordem nos objetivos, um deles foi fazer com que a Câmara de Comércio se tornasse cada vez mais participativa dentro da comunidade, como sempre,estreitando laços com os poderes constituídos e entidades coirmãs. A Câmara de Comércio de infraestrutura para atender cada vez mais as necessidadesdos associados e comunidade; procuramos, através de eventos como o “Tá em Pauta”, a qualificação de nossos empresários, ao mesmo tempo trazendo palestrantesq ue atendessem aos anseios da comunidade. Destaco isso como ponto alto de nossa administração, porque trouxemos grandes personalidades, inclusive o governadordo Estado, Tarso Genro, e o presidente da Câmara Federal, Marco Maia. Criamos aqui e oportunizamos, com parcerias, vários cursos nas mais diferentes áreas e no setor social estamos concretizando melhoramentos no Salão Nobre, que agora está climatizado.

 
Como o senhor vê o momento do Rio Grande?

Em alguns setores já é notório o crescimento e outros, com certeza, também serão beneficiados. O setor de serviços está tendo resultados muito bons, o imobiliário também e os que não foram atingidos, ainda serão. O que temos de fazer é que o desenvolvimento não seja uma bolha, como na década de 70, que estourou e não aconteceu nada. Nossas lideranças têm o compromisso de fazer com que esse desenvolvimento seja sustentável. O mais importante de tudo hoje é que temos empregos para oferecer,especialmente aos nossos jovens, que antigamente tinham de sair da cidade.
Como o senhor vê a atuação das entidades de classe da cidade? `

Muito positiva. Um exemplo é o movimento Aliança Rio Grande, que reúne as entidades de classe extremamente representativas. Ele tem desenvolvido um trabalho em conjunto muito atuante e com bons resultados para a cidade. Essa mobilização tem atingido objetivos importantes. A última delas foi a construção da rótula na Junção, onde a participação do Aliança Rio Grande foi muito intensa e, aqui mesmo na Câmara de Comércio, realizamos várias reuniões com o Daer para concluir a obra de duplicação do Trevo ao Cassino, a construção da rótula frente ao Condomínio Waldemar Duarte e também se tratou da duplicação da BR-392. São várias conquistas do Aliança Rio Grande e cabe destacar, inclusive, o trabalho den osso coordenador, Renato Juliano Lima.

O que temos de fazer é que o desenvolvimento
não seja uma bolha, como na década de 70

 A cidade está preparada para este novo momento?

Sim. Todos nós estamos preparadospara as coisas que são boas. Desenvolvimento e geração de emprego são coisa sboas. Claro que vamos enfrentar problemas, mas é melhor esse tipo de problema,ocasionado pelo desenvolvimento repentino, que o desemprego ou o problema da falta de investimentos.

E os rio-grandinos, na sua ótica,estão preparados e atentos para garantir seu espaço neste novo momento?

Sim. Vejo a população bastante motivada, engajada nos projetos de desenvolvimento do município e preparada para aproveitar este momento, que não podemos desperdiçar. Esperamos que sejau m desenvolvimento duradouro e que traga benefícios para a cidade e região.
Fale-nos um pouco sobre as obras de modernização na Câmara de Comércio.

Temos ainda alguns desafios que pretendemos avançar. O Salão Nobre está climatizado, a secretaria também e pretendemos investir forte no sentido de entregar aos associados e comunidade o sexto andar, um local extremamente bonito. É um espaço para pequenos eventos,que atualmente chamamos de churrasqueira, que tem capacidade para umas 70 pessoas. Também fizemos quatro salas de cursos totalmente equipadas com ar condicionado, temos o auditório com novas poltronas, som, mesa principal e multimídia.

O senhor já teve experiência nos etor de turismo, quando foi diretor presidente da extinta Companhia Rio-grandina de Desenvolvimento (CRD). O que Rio Grande necessita para se desenvolver também nesse setor?
Acho que Rio Grande vai dar um pulo fantástico no turismo em 2012/2013 com a construção do Oceanário Brasil.Vai ser um marco, que colocará Rio Grande definitivamente na rota do turismo no Brasil. Temos atrativos não muito divulgados, como o Museu Oceanográfico, os Molhes da Barra, o Cassino, mas o Oceanário vai ser o marco que transformará o turismo em Rio Grande.

Após junho, quando termina suagestão na Câmara de Comércio, quais os projetos futuros de Paulo Somensi?

Em nível de entidade vai dependerdos futuros convites, mas sempre fui ligado às entidades de classe, sempre estive envolvido e pretendo continuar trabalhando pelas entidades, se tivercondições e se o futuro presidente assim achar interessante.