por Diniz Júnior
Compra-se e vende-se lixo pelo mundo em quantidades maciças. O negócio não cheira bem, mas exala o perfume de altos lucros que atrai empresários – e também o crime organizado. O mesmo Reino Unido que enviou lixo para o Brasil em 2009, compra 200 mil toneladas do produto no exterior. O problema, neste caso, é que os britânicos exportaram para o Brasil lixo tóxico. Isso é proibido por acordos internacionais – salvo se os países envolvidos concordarem com a operação, o que não foi o caso.
O estranho caso dos carregamentos de lixo que chegaram ao Brasil em 2009 procedentes da Europa, e que desafiaram a Receita e a Polícia Federal, despertou a surpresa. É o Primeiro Mundo livrando-se da carga de seus rejeitos e desperdícios e empurrando-os para os mercados abertos do subdesenvolvimento. Esse episódio completou 10 anos em 2019 e ganha uma edição especial do Portos & Mercados com o título “O DIA QUE O BRASIL VIROU A LATA DE LIXO DO MUNDO RICO”.
Mas afinal, o que fazer com o lixo que produzimos. Jean – Michel Cousteau fundador da Ocean Futures Society (OFS), em entrevista publicada no livro Toma que o lixo é teu de minha autoria resume muito bem o problema: “Há somente uma única solução: ação individual! As pessoas devem se engajar. As pessoas devem compreender. As pessoas devem agir. E essa atitude resulta daquilo que fazemos em nossas próprias casas, em nossas comunidades e daquilo que na democracia permitimos ou não que nossos governantes façam. Depende de nós e somente nós”.
Uma boa leitura a todos