Novos países da UE favorecem exportações holandesas

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As exportações registradas em 2003 para a Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia, Chipre e Malta foram de cerca de 1 bilhão de euros

Desde a adesão de dez novos países da Europa central e do leste à União Europeia, em 2004, o comércio holandês no setor de produtos agrários com estes Estados-membros quadriplicou. As exportações registradas em 2003 para a Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia, Chipre e Malta foram de cerca de 1 bilhão de euros. Em 2011, elas atingiram o montante de 4 bilhões. Ao mesmo tempo, crescem as importações dos novos países-membros da UE para a Holanda. Elas subiram de 500 milhões para 2 bilhões de euros.

 

Siemen van Berkum, do departamento de comércio e mercado internacionais do Instituto de Agricultura e Economia da Universidade de Wageningen, afirmou em um artigo publicado na revista especializada Nieuwe Oogst (Nova Colheita), com base nos últimos dados, que “a Holanda foi beneficiada com a ampliação da UE”. Ainda segundo van Berkum, os Países Baixos estão bem posicionados no setor de exportação de produtos lácteos e hortícolas e ração para o gado, além de importarem carne bovina, grãos e tabaco dos dez novos países-membros.

 

Van Berkum ressaltou também que a Holanda foi beneficiada nos setores agrícola e de horticultura, justamente porque os novos Estados-membros se destacam na área agrária. “Esta é uma situação em que os dois lados levam vantagens: a Holanda tem uma indústria de ração bovina sólida que importa “componentes proteicos” para seus produtos do leste europeu para, em seguida, exportar o produto final aos países de origem”, destacou van Berkum.

 

Mas, como nem tudo é perfeito, também foram registrados efeitos negativos. A Holanda sofre com o aumento da concorrência no setor de cultivo de cogumelos. “Nos últimos dez anos, devido à mão de obra barata na Polônia, os produtores holandeses registraram uma queda neste setor, enquanto os poloneses têm tido um crescimento contínuo”, disse van Berkum.