NOAA eleva chance de La Niña para 55% a 60%

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O NOAA, o Serviço Nacional de Clima dos Estados Unidos, atualizou suas previsões sobre o La Niña e aumentou as chances de o fenômeno se desenvolver para um percentual de 55% a 60% durante o período de primavera/verão do hemisfério sul e outono/inverno do norte. Durante o último mês, as águas do oceano Pacífico seguiram esfriando, ficando quase abaixo da média de neutralidade climática, reforçando a possibilidade de ocorrência do fenômeno.

La Nina Setembro 2017
O La Niña, se confirmado, pode trazer condições de tempo mais seco do que o normal no Centro-Sul do Brasil, norte da Argentina, Paraguai e Uruguai durante os meses de setembro e dezembro. O período é determinante para a safra de grãos de verão destes países.

Segundo informações do instituto, as águas da sub-superfície do oceano se tornaram consideravelmente negativas no último mês, como mostram as figuras a seguir.

La Nina - Subsurface

“Começamos a observar algumas indicações ao longo de agosto de uma mudança poderia estar em andamento. A primeira é a tendência descendente nas anomalias da temperatura central do mar do Pacífico de julho a agosto, com a média em agosto de 0,4ºC”, explicam especialistas do portal internacional Weather Nation.

La Nina - 3

Ainda segundo os meteorologistas e climatologistas, as mudanças nas movimentações dos ventos também começam a indicar mais força na possibilidade de ocorrência de um La Niña.

As imagens são do NOAA e mostram esse resfriamento das águas. E novas informações partem do serviço em 12 de outubro.

E as previsões mais fortes para um La Niña nos próximos meses já traz impactos sobre o mercado. “Preços mais altos do gás natural nos Estados Unidos, seca no Brasil e cheias nas áreas de mineração de carvão na Austrália são mais prováveis depois dessas previsões”, explicam analistas ouvidos pela agência de notícias Bloomberg.

O La Niña, se confirmado, pode trazer condições de tempo mais seco do que o normal no Centro-Sul do Brasil, norte da Argentina, Paraguai e Uruguai durante os meses de setembro e dezembro. O período é determinante para a safra de grãos de verão destes países.

“O mercado vai manter os olhos muito atentos à essa questão do La Niña”, disse a CRM Agricommodities nesse momento em que o plantio argentino e brasileiro estão prestes a começar.

Com informações do NOAA, Bloomberg, Agrimoney e Weather Nation.

O FENÔMENO “LA NIÑA” ESTÁ DE VOLTA (Boletim do Inmet)

com CENTRO DE PREVISÃO CLIMÁTICA / NCEP / NWS e Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e a Sociedade

Tradução cortesia do NWS-WFO SAN JUAN, PUERTO RICO (14 de setembro de 2017)

“O FENÔMENO “LA NIÑA” ESTÁ DE VOLTA”

Há um aumento na probabilidade de La Niña (~ 55-60%) durante a primavera e verão de 2017-18 no Hemisfério Sul.

Durante o mes passado (agosto), as temperaturas equatoriais da superfície do mar (TSM) foram próximas ou abaixo da média em todo o Oceano Pacífico oriental e central. As condições neutras de ENSO foram evidentes na flutuação semanal dos valores de TSM Niño-3.4 entre -0.1 °C e -0.6 °C. Enquanto as anomalias de temperatura eram variáveis na superfície, elas se tornaram cada vez mais negativas na sub-superfície do oceano, devido ao agrupamento da termoclina no Pacífico leste-central e leste. Embora permaneça principalmente ao norte do equador, a convecção foi suprimida sobre o Oceano Pacífico ocidental e central e aumentou ligeiramente perto da Indonésia. Os ventos de baixo nível foram mais fortes do que a média em uma pequena região no oceano Pacífico equatorial e ocidental e os ventos fortes estavam mais a leste do que o normal em uma pequena área do Pacífico leste central. Em geral, o sistema oceano e atmosfera permanece consistente com ENSO-neutro.

A maioria das séries IRI / CPC de previsões do ENSO, na região 3.4 favorecem ENSO-neutro até o verão de 2017-18 no Hemisfério Sul . No entanto, as previsões mais recentes do Sistema de Previsão Climática do NCEP (CFSv2) e do Conjunto de Modelos da América do Norte indicam a formação de La Niña na primavera de 2017 no Hemisfério Sul. Os meteorologistas confirmam essas previsões em parte devido ao resfriamento recente das anomalias de temperatura superficial e sub-superficial e também pelo maior grau de proficiência e acurácia previsto nesta época do ano. Em resumo, há um aumento na probabilidade de La Niña (~ 55-60%) durante a primavera e verão de 2017-18 no hemisfério Sul (consenso dos modelos do CPC / IRI para a probabilidade de cada resultado em períodos de 3 meses).

Fonte:
Predicciones Climáticas
Centros Nacionales de Predicción Ambiental NOAA / Servicio Nacional de Meteorología
College Park, MD 20740