No Reino Unido, programa voluntário não ajuda a diminuir uso de sacolinhas

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Nas últimas semanas, os consumidores paulistanos se viram no meio de uma controvérsia sobre a distribuição de sacolas plásticas nos supermercados, quando uma decisão da Justiça interrompeu o acordo dos mercados com governo para acabar com as sacolinhas. Mas a polêmica não é exclusividade de São Paulo, e várias cidades do mundo aprovaram algum mecanismo contra as sacolas.

Uma das estratégias, colocada em prática pelo governo britânico, foi um acordo voluntário para reduzir em 50% o uso de sacolas. A estratégia funcionou bem nos primeiros anos do acordo, mas agora, pelo segundo ano seguido, a quantidade de sacolas voltou a subir. Os dados divulgados pelo governo do Reino Unido mostra que foram 8 bilhões de sacolinhas distribuídas em 2011, um aumento de 5,4%, que significa que cada consumidor usa 11 sacolinhas por mês. O aumento foi maior na Inglaterra e Irlanda do Norte. Na Escócia, a quantidade de sacolas ficou estagnada.

Já no País de Gales, houve queda no uso das sacolas. O País de Gales adotou outra medida além do acordo voluntário: uma taxa de cinco centavos fez com que o uso das sacolinhas caísse 22%. “Esses resultados mostram que a melhor maneira de reduzir o uso de sacolas descartáveis é cobrar dos consumidores. O lucro dessa cobrança pode ser doado para ajudar em causas ambientais ou para caridade”, disse John Griffiths, ministro do meio ambiente de Gales, ao jornal The Guardian.

E na sua opinião, qual é a melhor forma de enfrentar a questão: proibir as sacolas, taxar ou adotar planos voluntários?

Foto: GettyImages