Navio segue afundado com 3.900 bois no Pará

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Em dezembro do ano passado, foi autorizado o embarque de 50 mil bois pelo Porto, que já estavam aguardando na área de pré-embarque.

No dia 5 de outubro de 2015, o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, PA, foi palco de um acidente que culminou no naufrágio do navio de bandeira libanesa Haidar, que transportaria 5.000 bois à Venezuela. O acidente trouxe grandes transtornos socioambientais à região. Depois do acidente, as carcaças de centenas de animais mortos boiaram até as praias próximas e os órgãos públicos tiveram que fazer uma grande força tarefa para retirá-las do litoral.

Pouco mais de seis meses depois, a situação segue indefinida e a embarcação ainda está naufragada no porto, com cerca de 3.900 bois dentro. O prefeito de Barcarena, Antônio Carlos Vilaça, criticou o empurra-empurra de responsabilidades das empresas envolvidas no acidente. “A Companhia de Docas fala que o responsável é o armador e o dono da carga, que são libaneses e nem vêm ao Brasil. As seguradoras não atendem e eu não consigo entender porque até hoje nada foi feito para tirar aquele navio de lá”.

De acordo com Tarsifal de Jesus, diretor-presidente da Companhia Docas do Pará, responsável pelo porto, a operação de retirada é complexa, mas deve começar ainda neste mês. “É uma operação complicada e, a partir de seu início, leva de seis a oito meses para ser concluída. Tivemos que fazer obras no outro lado do rio para ancorar as correntes que colocarão o navio no prumo. Não é simplesmente chegar e flutuar a embarcação”, destacou.