Mato Grosso e Pará querem chineses na Ferrovia do Vale do Araguaia

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Há mais de uma década, discute-se o início de construção da Fico, ferrovia de 1.600 km que cortaria todo o Mato Grosso, ligando Vilhena (RO) a Uruaçu (GO), onde esses trilhos se conectariam à malha da Ferrovia Norte-Sul

Os projetos ferroviários desenhados para dar um fim ao nó logístico que trava o escoamento de grãos do Mato Grosso e do Pará ganharam uma nova promessa. Não se trata da Ferrogrão, prevista para correr ao lado da BR-163, ligando Sinop (MT) a Itaituba (PA). Tampouco se refere à Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que há décadas é esperada para cortar o Mato Grosso de um lado a outro. Com o apoio dos chineses, a nova aposta dos governos do Mato Grosso e do Pará é “Ferrovia do Vale do Araguaia”, uma malha de 700 quilômetros que seria aberta ao lado das BRs-158 e 155.

Nesta semana, o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, discutiu o projeto em Beijing, em encontro com diretores da China Communication Construction Company (CCCC). No mês passado, uma comitiva do governador do Pará, Simão Jatene, já havia passado por lá. Maior estatal do setor em toda a Ásia, a CCCC se comprometeu em enviar seus executivos ao Brasil nas próximas semanas, para detalhar a proposta e iniciar estudos técnicos da nova ferrovia.