Maersk reverte prejuízo e lucra no 2º trimestre

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O conglomerado dinamarquês A. P. Moeller-Maersk informou nesta sexta-feira (17) que obteve no segundo trimestre um lucro líquido de US$ 18 milhões, revertendo um prejuízo de US$ 269 milhões registrados no mesmo período de 2017

Segundo a companhia, o resultado foi positivamente influenciado pelas operações classificadas como descontinuadas, que tiveram um ganho de US$ 111 milhões. As operações continuadas tiveram um prejuízo de US$ 85 milhões, revertendo lucro, por conta das menores taxas de frete e maiores custos com combustíveis.

A receita da companhia, na comparação anual, cresceu 24%, indo de US$ 7,7 bilhões para US$ 9,5 bilhões. Excluindo os efeitos relacionados à incorporação da transportadora marítima alemã Hamburg Süd, ocorrido no ano passado, a receita cresceu 5,7%, com avanço em todos as divisões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recuou 18%, para US$ 883 milhões, por conta do menor Ebitda da divisão de transportes marinhos, prejudicado pelo aumento dos preços dos combustíveis e efeitos adversos relacionados ao câmbio. No período, o preço médio dos combustíveis cresceu 28%, enquanto as taxas de com frete recuaram 1,2%.

No primeiro semestre, a A. P. Moeller-Maersk reverteu prejuízo e teve um lucro líquido de US$ 2,7 bilhões. Considerando apenas as operações continuadas, a empresa teve um prejuízo de US$ 305 milhões, aumento de 2,6 vezes. A receita cresceu 27%, para US$ 18,7 bilhões.

Vista como um barômetro do comércio internacional, movimentando cerca de 18% dos containers mundiais, a Maersk informou na semana passada que a escalada das disputas comerciais deve prejudicar os resultados deste ano, junto com um aumento dos custos e queda das tarifas dos serviços. Para mitigar estes efeitos, a companhia iniciou um processo de redução de custos, com operações com baixos rendimentos. Ela também anunciou que não fará novas encomendas de navios até 2020 e que fará leasing de contêineres ao invés de comprar.

A companhia também informou que abrirá o capital de sua divisão de exploração e produção de petróleo em 2019, na bolsa de valores de Copenhagen, como forma de a Maersk concentrar suas atividades em transportes marítimos e logística. A divisão é uma das que foram classificadas como operações descontinuadas.

Fonte: Valor