Logística, sim; desunião, não!

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Em 2018 foram movimentadas no porto gaúcho 42,9 milhões de toneladas, um aumento de 4,3% quando comparado ao ano de 2017. O grande destaque foi a soja que movimentou mais de 16,3 milhões de toneladas. Foi a maior movimentação da história do complexo portuário.

Por Fernando Estima
 
A defesa que a Suprg está fazendo não é contrária ao investimento em Torres, no Chuí ou em outras cidades, mas não podemos negar que a expertise sobre o funcionamento de um complexo portuário está em Rio Grande. O superporto está em áreas abrigadas, com calado de 12,8 metros. Em breve, ao final da maior obra de infraestrutura portuária em andamento no País, a dragagem de manutenção, teremos um calado de 14m. Destaco que um sistema portuário ou um TUP exigem obras de infraestrutura que são necessárias por parte do poder público.
 
As muitas variáveis, principalmente quando em mar aberto, para movimentação portuária são sim um dos principais entraves ao projeto. Conforme o ex-deputado Fernando Carrion destacou, os problemas gerados pelo desabastecimento de óleo diesel foram provenientes das condições adversas em Tramandaí, no Litoral Norte, e não em Rio Grande como ele disse, o que reafirma nossa posição da importância de uma área abrigada.
 
A Suprg, que além de Rio Grande administra Pelotas, Porto Alegre e a hidrovia, está se colocando a disposição para auxiliar nos estudos necessários. Não entendemos o TUP de Torres como concorrente tendo em vista estarmos dentro do mesmo Estado e com os mesmos interesses: promover desenvolvimento, diminuir custos logísticos, dar celeridade aos importadores e exportadores e, garantir a competitividade do Estado.
 
Dentro desse pensamento, coloco a equipe técnica da Suprg a disposição para a conversa necessária, também para apresentar outras ideias que possam ser mais viáveis no curto e médio prazo. Diminuir os custos dos produtores e industriais da Serra passa por uma logística eficiente interligando hidrovia, ferrovia e rodovia.
 
Caxias do Sul está a 118 quilômetros do Terminal Santa Clara, às margens da hidrovia, facilmente embarcando carga para Rio Grande de forma ágil. Nossa missão é facilitarmos essa logística, reduzir custos de pedágios e formatar um trabalho conjunto. Não precisamos de desunião e sim de logística eficaz. Diretor superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul.
 
Diretor superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul
Fonte: Jornal do Comércio- RS