Com uma diminuição da participação da Petrobras na importação de combustíveis, a logística para trazer gasolina e diesel de outros países passou a ter prazos maiores, segundo a consultoria Terrafirma, que atua nesse setor.
“O mercado não estava pronto para importações de novas empresas. Antes, usava-se o sistema Petrobras, que tinha terminais. Uma novata vai ter de achar soluções para receber [o produto]”, diz o consultor Julio Favarin.
A participação da estatal na importação vem em queda –em 2016, ela trouxe 60% da gasolina de fora, e no primeiro semestre de 2017, foi 26%.
Além disso, em julho ela passou a fazer ajustes diários nos preços dos combustíveis.
Nesse primeiro trimestre em que os preços da Petrobras seguiram os do mercado internacional, a importação de gasolina e diesel subiu 45%, na comparação com o mesmo período de 2016.
Com isso, as tradings que compram e estocam combustíveis pelo globo notaram que poderiam ganhar na arbitragem de diferenças de preços se adquirissem de fornecedores internacionais.