Greve impacta fluxo de comércio, diz diretor da Maersk

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Com as paralisações nas rodovias, os clientes da armadora não têm conseguido acessar os terminais, seja para entregar os contêineres que embarcariam nos navios agora, ou para retirar contêineres vazios que embarcariam nas próximas semanas.

A greve dos caminhoneiros e seus reflexos setoriais afetaram fortemente as operações brasileiras da armadora Maersk Line, líder mundial no transporte marítimo de contêineres. “O impacto de não receber as cargas nos nossos navios é praticamente desde o início da greve. O impacto de ter os clientes chegando numa situação de quase desespero tem sido agora”, contou João Momesso, diretor de Trade e Marketing da Maersk para a costa leste da América do Sul.

Com as paralisações nas rodovias, os clientes da armadora não têm conseguido acessar os terminais, seja para entregar os contêineres que embarcariam nos navios agora, ou para retirar contêineres vazios que embarcariam nas próximas semanas. Todo o fluxo deve ser prejudicado: os navios desta semana devem sair dos portos com menos carga, enquanto a carga que se acumula terá de ser acomodada nas semanas seguintes.

Mas fazer esse rearranjo será desafiador, já que os navios de exportações têm saído cheios. “Teremos de conversar com os clientes para saber como espalhar, espaçar os embarques para que o impacto seja menor”, diz Momesso.

Para o executivo, é possível que os reflexos da greve apareçam nos resultados das importações e exportações verificados pela Maersk no segundo trimestre. “Se considerarmos que falta pouco mais de cinco semanas para terminar o trimestre, há uma chance de isso impactar, porque a carga que deveria ser embarcada não necessariamente será acomodada nas próximas cinco semanas”, avalia o diretor da armadora, que estava otimista de que a situação fosse resolvida nessa quinta-feira (24)

Fonte: A Tribuna