Governo sinaliza permitir que estrangeiras operem no pré-sal, diz IBP

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A abertura para que estrangeiras entrem no pré-sal por meio da unitização significaria uma alteração de rota na condução do setor pela presidente

O governo sinalizou a petroleiras estrangeiras com a possibilidade de que liderem projetos de exploração e produção de petróleo e gás no pré-sal, segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). Hoje, por lei, apenas a Petrobras pode operar no pré-sal. Mas, segundo o presidente do instituto, que esteve reunido pela manhã desta segunda-feira (25) com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o governo pretende permitir que outras companhias liderem investimentos na área, em casos de unitização, em que são descobertas reservas contínuas às de suas concessões.

O IBP estima a existência de reservas de 8 bilhões a 13 bilhões de barris em áreas de unitização, grande parte no pré-sal, que poderiam ser exploradas por companhias nacionais e estrangeiras além da Petrobras. O investimento estimado é de US$ 120 bilhões.

O fim da obrigatoriedade de a Petrobras ser a única operadora nessa região é debatido no Congresso, onde tramita projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP). O IBP reivindica a aprovação das mudanças, que ganham adeptos por conta da dificuldade de caixa e limitação de investimento pela Petrobras. A proposta, no entanto, esbarra em resistências políticas, já que o pré-sal e o seu desenvolvimento estatal são bandeiras políticas da presidente Dilma Rousseff.