Forrest Gump dos Pampas

0
796
IMPRIMIR
Willy César. Ao fundo a Biblioteca Rio-Grandense

O jornalista Willy César é uma daquelas pessoas inquietas, cultas e de olho no seu tempo. Conheço-0 há 33 anos, quando, em 1979, começava o meu trabalho na RBS TV como redator em Rio Grande. Passei por todos os processos da televisão: redator, repórter e coordenador de telejornalismo, quando encerrei as atividades na RBS TV Santa Maria como coordenador de Telejornalismo. Foram 20 anos de muitas histórias, grandes reportagens (algumas premiadas) e de grande aprendizado.

 

O Willy atuava na comunicação da então Refinaria de Petróleo Ipiranga. Anos depois, passou a se dedicar a escrever livros. O primeiro l “Centenário do Colégio Lemos Júnior”  narra a história do primeiro ginásio público do estado. Logo  veio “CHICO BASTOS, O PESCADOR”. Trata-se da biografia de Francisco Martins Bastos, natural de Uruguaiana, que foi o engenheiro contratado para coordenar as obras de instalação da Refinaria Ipiranga em Rio Grande em 1936. Mais tarde, em 1960, Chico passou a presidir o Grupo Ipiranga até sua morte, em abril de 1987. ”Chico Bastos, O Pescador”, da editora Univer Cidade/RJ, possui 366 páginas entre ilustrações e uma centena de entrevistas, com a proposta de contar e eternizar a história de um dos gaúchos mais respeitados no âmbito empresarial e pessoal. A obra já está à venda nas principais livrarias e está também sendo distribuída entre as escolas do Município e do estado.

 

Sem medo de errar, o Willy é o nosso Forrest Gump – “O Contador de Histórias”. Quem viu o filme lembr-sea do que ele trata: quarenta anos da história dos Estados Unidos, vistos pelos olhos de Forrest Gump (Tom Hanks), um rapaz com QI abaixo da média que, por obra do acaso, consegue participar de momentos cruciais como a Guerra do Vietnã e Watergate. Bom, é claro que o QI do nosso Forrest é acima da média. É como diz o jornalista norte-americano Gay Talese, um dos principais nomes do que ficou conhecido como “new journalism” ou “jornalismo literário”, se você  contar uma boa história, bem escrita, se prender a atenção, o jornalismo vai durar para sempre. Os jornais não vão morrer. Há um mercado para a qualidade e sempre haverá jornalismo de alta qualidade”.

 

Assisti em 1996 a uma palestra do saudoso Armando Nogueira, diretor de jornalismo da TV GLOBO, e ele dizia que uma bela reportagem de televisão não tem nenhum mistério. Você tem que contá-la como se estivesse falando para um amigo em um café, narrando os fatos, com precisão, com isenção. É como se você acordasse de manhã, abrisse a janela e começasse a falar. Fica aqui o registro. Parabéns Willy, o nosso FORREST GUMP dos Pampas, que conta as nossas histórias. Sucesso!