Estivadores entram em greve e ocupam navio no Porto de Santos

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De acordo com os manifestantes, Sopesp não respondeu às reivindicações dos estivadores e jogou a negociação deste ano para a data-base de 2019 ( (Foto: Marcela Pierotti/G1)

Os estivadores avulsos e vinculados de Santos, no litoral de São Paulo, iniciaram uma greve de três dias nesta quarta-feira (1º), sendo de seis horas no cais público e de 72 horas para os terminais especializados de contêineres. Por conta da greve, os motoristas encontram lentidão nos acessos ao Porto de Santos. Os manifestantes bloquearam a entrada do terminal da Libra.

A paralisação dos cerca de 2.500 trabalhadores foi aprovada em assembleia na última quinta-feira (26). De acordo com os manifestantes, o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) não respondeu às reivindicações dos estivadores e jogou a negociação deste ano para a data-base de 2019. A categoria diz que não está conseguindo negociar com o Sopesp.

Durante a manifestação, os estivadores entraram no terminal da empresa Libra e subiram a bordo de um dos navios atracados. “Temos trabalhadores e diretores a bordo de navios atracados pois recebemos denúncias de que mesmo sem estivadores, eles continuavam operando. Estavam usando mão de obra irregular”, explica o diretor do Sindicato dos Estivadores de Santos, Sandro Olímpio da Silva, o Cabeça. Para garantir a segurança do local, a Polícia Federal e Guarda Portuária foram acionadas.

O diretor do sindicato afirma que, se não houver um acordo, a greve pode se estender por tempo indeterminado. Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), até o momento, o movimento de protesto do Sindicato dos Estivadores concentra-se no terminal da Libra, com a suspensão das operações em uma embarcação. Em terra e nos demais terminais do Porto de Santos as operações seguem normalmente, sem registro de congestionamentos ou interferências. Alguns navios que operam granéis sólidos encontram-se inoperantes devido à chuva.