Estaleiro fornecedor da Petrobras admite repasses suspeitos

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O representante da Keppel citou à Justiça que houve propina numa plataforma que foi uma das bandeiras do primeiro governo do presidente Lula, a P-51
O representante da Keppel citou à Justiça que houve propina numa plataforma que foi uma das bandeiras do primeiro governo do presidente Lula, a P-51

Um dos maiores fornecedores da Petrobras, com contratos no valor de R$ 25 bilhões, o estaleiro Keppel Fels reconheceu em comunicado enviado à Bolsa de Cingapura, onde fica a sua sede, que os pagamentos feitos a seu representante no Brasil “podem ser suspeitos”.

O representante do grupo no Brasil é o lobista e engenheiro Zwi Skornicki, que foi preso pela Operação Lava Jato e já disse que pagou US$ 4,5 milhões (R$ 14,4 milhões, em valores atuais) ao marqueteiro João Santana, que cuidou das campanhas de Lula (2006) e de Dilma Rousseff (2010 e 2014).

A mulher e sócia de Santana, Mônica Moura, confirmou à Justiça que recebeu os US$ 4,5 milhões numa conta na Suíça.

Ela disse ainda que o montante era uma dívida da campanha eleitoral de Dilma Rousseff de 2010.

No relato de Mônica, quem indicou o representante da Keppel para fazer o pagamento foi o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.Vaccari foi condenado em duas ações penais a 24 anos de prisão.